O ano hidrológico 2022/23 em Portugal continental foi “extremamente quente”, tendo sido o mais quente de sempre desde 1931, de acordo com um comunicado divulgado esta quarta-feira pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
O IPMA classifica ainda este ano hidrológico como normal em relação à precipitação. O total de precipitação acumulada - 848,5 milímetros - é muito próximo da média do período 1971-2000, refere o documento. No entanto, o instituto nota também que nos 6 anos hidrológicos anteriores os valores de precipitação foram sempre inferiores ao valor médio.
Em comparação com o ano hidrológico anterior, o IPMA regista uma diferença bastante significativa: o período de 2022/2023 termina com mais 360 mm do que o anterior.
Na região a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela, descreve o IPMA, verificaram-se valores acima da média nos meses de Outubro, Novembro, Dezembro, Junho e Setembro. Na região Sul, foram registados valores acima do normal apenas nos meses de Novembro, Junho e Setembro.
Ano hidrológico mais quente
Durante o ano, relata ainda o instituto, quase todos os meses (com a excepção de Fevereiro) apresentaram valores de temperaturas acima da média.
O valor médio da temperatura máxima do ar foi de 22,51 graus Celsius, o mais alto desde 1931: 2,12°C acima da temperatura normal. Já o valor médio da temperatura mínima do ar foi de 11°C, o quarto valor mais alto desde 1931, 1,06 °C acima da média.
O maior desvio em relação à média foi no mês de Abril, que esteve 3,4°C acima do normal. Também Outubro e Dezembro de 2022 e Junho de 2023 registaram anomalias da temperatura do ar mais elevadas (ou seja, acima de 2,5ºC além da média).