Já há satélites que brilham mais do que as estrelas no céu – e isso não é bom sinal

Cientistas pedem avaliações de impacto antes de se lançarem mais satélites. A presença destes objectos artificiais em órbita da Terra pode complicar algumas observações astronómicas.

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O rasto deixado pelo satélite BlueWalker 3 numa fotografia de longa exposição tirada no Observatório Astronómico Nacional do México I. PLAUCHU-FRAYN
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A travessia de um ponto cintilante no céu escuro não passa despercebida. Será uma estrela? Ou mesmo um cometa? Não necessariamente. Pode ser um satélite, como o BlueWalker 3, um dos objectos mais brilhantes no espaço – e cujo brilho ofusca a maioria das estrelas que poderíamos ver. Esta não é uma mera curiosidade: é um novo alerta sobre como a sobrelotação de satélites em órbita da Terra pode travar observações astronómicas ou simplesmente impedir-nos de deitar a apontar para as estrelas.

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