Calor: termómetros podem chegar aos 35 graus a partir de sexta-feira

Interior Sul e Vale do Tejo aguardam subida das temperaturas no final da semana, relacionada com uma “crise anticiclónica muito intensa”.

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O Verão terminou, mas o calor intenso está para durar mais alguns dias Rui Gaudencio
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O calor vai manter-se, pelo menos, durante a primeira semana de Outubro. A partir de sexta-feira, as temperaturas deverão subir e os termómetros poderão registar valores a rondar os 35 graus em algumas localidades, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Este estado do tempo deve-se a uma "crise anticiclónica muito intensa" sobre a Europa Ocidental e que causa "um tempo estável com bastante sol e com temperaturas acima da média", segundo o meteorologista Pedro Sousa. Embora este tipo de fenómeno seja normal, "não é tão comum ter esta persistência", sobretudo nesta altura do ano.

A semana não será "muito diferente do que tínhamos tido nos últimos dias". Prevêem-se temperaturas um pouco acima da média para esta altura do ano, especialmente nas regiões sul e Vale do Tejo, nas quais os termómetros podem ultrapassar os 30 graus. As temperaturas deverão subir a partir de sexta-feira, podendo mesmo atingir os 35 graus em algumas zonas, nomeadamente Vale do Tejo e no Interior sul.

As mínimas deverão manter-se em algumas zonas entre os 15 e os 20 graus, enquanto nas zonas mais frescas os termómetros deverão registar valores a rondar os 10 graus. No final da semana, poderão subir "entre dois e quatro graus". Pedro Sousa relembra que, neste momento, "é difícil termos noites muito quentes", embora se possam registar as "chamadas noites tropicais com mínimas superiores a 20 graus" em alguns locais do Algarve.

O calor deu as boas-vindas ao mês de Outubro. Este domingo, os termómetros registaram mais de 37 graus nas localidades de Alvega (Abrantes), Tomar, Santarém, Mora e Coruche, segundo o IPMA.

O meteorologista Pedro Sousa explicou ao PÚBLICO que este estado de tempo não deverá manter-se até ao final do mês, já que as temperaturas deverão começar a descer em resultado das menores horas de sol e da intensidade da radiação solar. "Portanto, mesmo que o padrão não se altere, as temperaturas serão obrigadas a descer gradualmente", explica, acrescentando que é "difícil que valores desta magnitude se voltem a atingir à medida que o mês avança".

No que diz respeito ao "padrão seco e quente" do tempo, admite que é mais difícil de prever. "Pelo menos até ao final desta semana, é garantido", mas há uma certa incerteza em relação à próxima semana já que algumas previsões indicam que poderá haver mudanças.