Tenho bem presente aquela visão quase onírica. O vento cantava, quebrando o silêncio, e a Serra Nevada, como se fosse o tecto do mundo, vestia-se de branco, como uma noiva a caminho do altar. Não havia sinal de vida, à excepção de uma chaminé de onde se desprendia um fumo azulado. Capileira parecia envolta nos ecos do passado, fantasmagórica, uma sensação que se adensou quando, já noite, da janela do meu quarto, recortando a penumbra, avistei a luz tímida da lua.
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