“Só falta plantar debaixo da cama”, atira dona Céu da sua varanda no Largo da Fonte, bem no centro de Lumiares. O casario rodeia o largo relvado e um pouco mais adiante um portão de ferro abre-se para um pequeno pomar de árvores esguias, onde maçãs redondas reluzem sob uma rede finíssima. O pouco trânsito que por aqui passa no final desta manhã de final de Agosto é de tractores em cujos atrelados se empilham palotes de plástico carregados de maçãs — “andam na faina”, comenta. É num deles que chega o presidente da Junta de Freguesia de São Martinho de Chãs, Rui Fernandes. Também ele anda atarefado na apanha das maçãs — é quase inescapável nesta zona, mais ainda na freguesia que dirige, composta por três aldeias, além da homónima e de Lumiares, também Gogim, onde, conta a história e conta a população, “nasceu” o cultivo de maçãs em Armamar, que se reivindica como “Capital da Maçã de Montanha”. “A região está praticamente lotada, não dá mais”, confirma Rui Fernandes.
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