Uma vitória do Sp. Braga com um susto pelo meio

Minhotos estiveram a vencer na Amadora por três golos de diferença, mas tiveram de aplacar uma reacção enérgica do Estrela.

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LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO
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A 7.ª jornada da Liga portuguesa de futebol arrancou com um triunfo do Sp. Braga (2-4) a que um Estrela da Amadora desinibido deu ainda maior relevância. Na Reboleira, os minhotos chegaram a ter uma vantagem de três golos, mas também estiveram na iminência de sofrer o empate, acabando por confirmar uma vitória que lhes permite uma subida provisória ao quarto lugar.

Apesar da boa organização do Estrela, disposto num 3x4x2x1 que lhe permitia combater a largura que o adversário procurava a meio-campo, o Sp. Braga colocou-se na frente do marcador logo aos 13’. Os anfitriões não conseguiram sair com eficácia de uma situação de pressão na linha final, os minhotos reagiram rapidamente, Banza ganhou a linha final e cruzou para o desvio de primeira de Álvaro Djaló.

Um lance demasiado penalizador para um Estrela que não mostrava receio de assumir o jogo e que, è meia-hora, tinha mais remates e posse no mapa estatístico. O Sp. Braga ia insistindo pelo corredor direito e os amadorenses aproveitando para sair com critério assim que recuperavam a bola, tendo posto Matheus à prova aos 39’, com um remate enrolado de Aloísio de fora da área.

Foi um sinal vermelho para o Sp. Braga, que só demorou um par de minutos a criar uma situação de golo, graças a um passe de ruptura de Horta a isolar Djaló, que só não bisou porque Bruno Brígido fez uma grande defesa com a perna.

O cenário repetir-se-ia logo no arranque do segundo tempo, mas com outro desfecho. Numa jogada com muitos pontos de contacto com a do primeiro golo — dificuldades do Estrela na saída de pressão, contra-ataque do Sp. Braga —, Horta desmarcou Banza de calcanhar, o avançado rematou para uma primeira defesa de Brígido e Djaló, no sítio certo, só teve de empurrar para a baliza na recarga (49’).

Os minhotos ficavam ainda mais confortáveis no jogo, sem necessidade de arriscar e com mais espaço para transições. E quem tem um jogador com o critério de Ricardo Horta na zona de criação está sempre mais próximo do golo — que o diga Abel Ruiz, que aos 55’ ficou frente a frente com o guarda-redes.

Não marcou o espanhol, marcou Simon Banza aos 68’, após assistência de Horta. Um golo que parecia ter arrumado a questão. E só assim não foi porque o Estrela reagiu com coragem, reduzindo em dose dupla: primeiro por Kikas, aos 75’, e quatro minutos mais tarde por Jean Filipe, na cobrança irrepreensível de um livre directo.

Artur Jorge deu então mais músculo ao meio-campo, trocando Zalazar por Vítor Carvalho, e o Sp. Braga passou a controlar melhor o jogo com bola. Ainda assim, não evitou que Ndour tivesse ficado muito perto do 3-3, após cruzamento da esquerda, antes de Ricardo Horta — em alta no segundo tempo — sentenciar a questão, com um belo remate aos 90+4’.

Este resultado permite aos bracarenses igualarem provisoriamente o Boavista no quarto lugar, enquanto o Estrela corre o risco de cair para a zona de despromoção.

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