Em Julho de 2022, no meio de tanta notícia, tropecei nesta: morreu Avelino Tavares. Foi breve o sobressalto. Aquele Avelino era outro, morrera em Cuiabá, no Brasil, foi jornalista, escritor e membro da Academia Mato-Grossense de Letras. Tinha 96 anos. O nosso Avelino estava bem vivo, nos seus 84 anos, embora doenças o debilitassem. Ainda em Janeiro desse ano, numa das mensagens que trocávamos, se queixava das insistências dos médicos para que se protegesse (o vírus da covid-19 andava por aí a fazer das suas, e ainda anda), protestando: “Só saio para ir à clínica. Uma chatice! […] É preciso ter muita força para não ir abaixo.” E ele teve. Ao longo de toda a vida foi um indomável resistente. Até que a morte o levou, no domingo à noite.