Última super-Lua do ano estará visível na noite desta sexta-feira
O ano de 2023 é marcado por quatro super-Luas, três das quais já ocorreram.
A última super-Lua de 2023 estará visível na noite desta sexta-feira (29 de Setembro) para sábado (30 de Setembro), altura em que o nosso satélite natural estará mais próximo da Terra e será possível observar um “luar mais intenso”, explica ao PÚBLICO Máximo Ferreira, director do Centro Ciência Viva de Constância.
A órbita da Lua é ligeiramente elíptica, o que significa que “a Lua, de vez em quando, está um bocadinho mais próxima” da Terra, fenómeno ao qual se dá o nome de perigeu, conforme explicou anteriormente Ricardo Reis, do grupo de comunicação de ciência do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço. Além disso, sabe-se que “a Lua demora mais ou menos um mês a dar a volta à Terra, o que significa que, mais ou menos de mês a mês, temos uma Lua cheia”. A super-Lua acontece, por sua vez, “quando há uma Lua cheia que coincide com este ponto de maior aproximação, o perigeu”, segundo o especialista.
A NASA esclarece ainda que a Lua cheia atingirá o seu pico de iluminação pelas 5h58 de 29 de Setembro em Nova Iorque, ou seja, já durante a manhã de sexta-feira em Portugal continental (pelas 10h58), o que significa que a luz solar impedirá a sua observação nesse momento — daí a melhor altura para observar a super-Lua no nosso país seja durante a noite de sexta-feira para sábado, quando o satélite vai estar totalmente iluminado.
A “Lua do Milho” ou “Lua da Colheita”
O ano de 2023 é marcado por quatro super-Luas, três das quais já ocorreram: a primeira esteve visível no início de Julho e as outras duas no início e no fim de Agosto — segundo as estimativas dos astrónomos, a que esteve mais perto da Terra foi a de dia 31 de Agosto, a 357.344 quilómetros, que correspondeu também a uma “Lua azul”.
A última super-Lua do ano, chamada de “Lua do Milho” ou “Lua da Colheita”, estará a 361.700 quilómetros de distância da Terra, segundo Máximo Ferreira, cerca de 22 mil quilómetros mais perto do que a distância média entre a Terra e a Lua (que ronda os 384 mil quilómetros).
A NASA salienta ainda que esta super-Lua de Setembro parecerá cerca de 5% maior e 13% mais brilhante do que uma Lua cheia, em média. Mas, na prática, contrapõe Máximo Ferreira, será difícil percepcionar a olho nu que a Lua estará maior, embora seja possível apreciar o seu luar mais intenso.
O nome “Lua da Colheita” é uma alusão à época das colheitas no Hemisfério Norte, uma vez que o fenómeno ocorre perto do início do Outono, ou equinócio outonal, que este ano calhou a 23 de Setembro. O brilho da Lua, nota a CNN, ajudava os agricultores a trabalharem à noite.
A estação acrescenta que vários planetas também estarão visíveis no céu nocturno, incluindo Saturno e Júpiter. Para observar aquela que será a última super-Lua do ano basta olhar para céu, sendo desejável manter-se num local sem poluição luminosa.