Frente Comum exige aumento salarial de 15% em 2024

Estrutura da CGTP quer salário mínimo de 920 euros a partir de Janeiro, atingindo os 1000 euros durante o ano de 2024.

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LUSA/ANTÓNIO COTRIM

A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública exigiu hoje um aumento salarial de pelo menos, 15%, num mínimo de 150 euros para todos os trabalhadores, a partir de Janeiro de 2024.

"A nossa proposta é muito diferente da que foi apresentada esta manhã [...] é de um aumento de 15%" para todos os trabalhadores, afirmou hoje o líder da Frente Comum, Sebastião Santana, que falava aos jornalistas, em Lisboa.

A Frente Comum, afecta à CGTP, aprovou nesta quarta-feira na sua cimeira o texto final da proposta reivindicativa, tendo, posteriormente, realizado uma concentração em frente à Presidência do Conselho de Ministros, que depois seguiu em direcção à residência oficial do primeiro-ministro, António Costa.

A proposta da Frente Comum prevê um aumento do salário mínimo na administração pública para 920 euros a partir de Janeiro, atingindo os 1000 euros durante o ano de 2024.

O Governo propôs hoje um aumento salarial de cerca de 52 euros para os trabalhadores da administração pública com salários até 2600 euros e de 2% para quem ganha acima deste valor, mantendo assim os valores que estavam previstos no acordo assinado há um ano com os sindicatos da UGT.

Em declarações aos jornalistas após a primeira ronda negocial com as estruturas sindicais, a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, disse que a proposta de aumento salarial apresentada aos sindicatos é um "ponto de partida" para negociar, indicando que a valorização poderá também ser feita através de outras medidas.

A central sindical CGTP já deu a conhecer a sua proposta, de aumentos salariais de 15% para 2024 com um aumento mínimo de 150 euros por trabalhador.

Na função pública, os sindicatos da UGT defendem aumentos inferiores a esta bitola da CGTP. A Fesap defende uma actualização salarial de 6% no próximo ano, com um mínimo de 80 euros por trabalhador, e o aumento da base remuneratória do Estado de 769,2 euros para os 850 euros brutos por mês.

O STE pede um aumento superior a 5% no próximo ano, tendo em conta a evolução da inflação e o custo de vida.

Ambas as estruturas propõem uma subida do subsídio de alimentação dos actuais seis euros para 7,50 euros por dia.