Expropriações da Linha Vermelha em Alcântara ameaçam deixar moradores sem tecto

Donos de prédio contestam indemnizações e ameaçam recorrer à justiça. Sem soluções habitacionais, moradores do Baluarte do Livramento desesperam. Câmara de Lisboa descarta responsabilidades.

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O prédio da Rua da Costa será demolido para se fazer um viaduto e verá a sua fachada ser depois reconstruída Matilde Fieschi
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No interior do Baluarte do Livramento vive actualmente uma dúzia de agregados familiares Matilde Fieschi
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António Gomes avançará para os tribunais se a indemnização proposta pela expropriação da sua casa não aumentar Matilde Fieschi
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Isaura Fernandes, a viver no Baluarte do Livramento, diz que a Câmara de Lisboa está a "empurrar" o problema para o Metro Matilde Fieschi
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“Tinha a casa paga, a vida estabilizada aqui. Era o meu chão e agora vejo tudo isto acabar, com uma proposta cruel, até pelo curto tempo que nos dão.” António Gomes, 54 anos, tem andado a fazer contas à vida e, apesar de todas as elucubrações, ignora ainda como a irá recompor. Aproxima-se o prazo para ter de abandonar o apartamento comprado no prédio situado na confluência das ruas da Costa e Maria Pia, em Alcântara, em 1996, e por si reabilitado. O imóvel, onde tem vivido com a mulher e a filha, será demolido nos próximos meses, devido às obras de alargamento da Linha Vermelha do Metropolitano de Lisboa (ML). O projecto prevê, no seu troço final, um viaduto ligando o Baluarte do Livramento à estação de Alcântara, implicando depois a reconstrução das fachadas do prédio, a fim de minimizar o impacto visual.

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