Euribor a três e seis meses renovam máximos, taxa a 12 desce ligeiramente

As taxa Euribor continuam a subir desde a última reunião do BCE, o que vem agravar ainda mais os custos dos empréstimos à habitação.

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Custo dos empréstimos à habitação mantêm tendência de subida Nuno Ferreira Santos
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As taxas Euribor a três e a seis meses fixaram esta segunda-feira novos máximos desde Novembro de 2008, descendo muito ligeiramente no prazo mais longo. A contínua subida destas taxas agrava os custos da grande maioria dos empréstimos à habitação existentes em Portugal, podendo levar mais famílias a ter de recorrer à renegociação dos contratos, no quadro da moratória de crédito apresentada pelo Governo.

De acordo com os dados divulgados pela Lusa, a Euribor a seis meses foi a que deu o maior salto, de 0,040 pontos, para 4,122%. Esta taxa está presente em 35,1% dos empréstimos para compra de casa.

Seguiu-se a Euribor a três meses, ao subir 0,019 pontos, para 3,977%, o que se reflectirá em 23% dos contratos existentes.

A taxa a 12 meses, a que apresenta valor mais elevado e que está presente num maior número de contratos (39,4%), desceu muito ligeiramente, ao fixar-se em 4,208%, menos 0,005 pontos face ao máximo desde Novembro de 2008 fixado na última quinta-feira.

O comportamento das Euribor mostra que a última subida de taxas por parte do Banco Central Europeu (BCE) ainda não estava totalmente antecipada no mercado. E com isso, as futuras revisões dos empréstimos, que já eram de agravamento das prestações, pesarão ainda mais no orçamento das famílias e empresas.

Fixadas por um painel alargado de bancos, a partir das taxas de juro a que estão disponíveis para realizar empréstimos entre si, as taxas Euribor começaram a subir no início de 2022, acelerando com a guerra na Ucrânia e com o movimento de subida das taxas de referência do BCE, em Julho desse ano.

A última subida de taxas por parte do banco central ocorreu a 14 de Setembro, pela décima vez consecutiva, e neste caso em 25 pontos base. A próxima reunião sobre política monetária está marcada para 26 de Outubro.

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