Procura-se estudantes e voluntários em Coimbra que queiram fazer companhia a idosos

O programa “Voluntário de Companhia” quer recrutar 30 pessoas (estudantes e não só) para visitar habitantes ou famílias isoladas na Baixa de Coimbra. As candidaturas estão abertas.

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Procura-se estudantes e voluntários em Coimbra que queiram fazer companhia a idosos Nelson Garrido

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Coimbra está à procura de voluntários para fazer companhia e dar apoio a idosos da Baixa da cidade, revelou esta sexta-feira a coordenadora do projecto comunitário de solidariedade social "Sim à Vida".

Em declarações à agência Lusa, Teresa Almeida Santos, que é também vice-presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Coimbra, explicou que pretendem recrutar cerca de 30 voluntários, entre estudantes universitários ou outros interessados em disponibilizar algum do seu tempo livre.

"Juntamente com um bombeiro, com formação em psicologia ou em serviço social, que temos na Associação [Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Coimbra], estes voluntários vão visitar habitantes ou famílias isoladas da Baixa de Coimbra que, infelizmente, é um local que tem muitas pessoas idosas. Muitas delas vivem em edifícios muito antigos, com más condições, más acessibilidades e dificuldades em sair", referiu.

As candidaturas ao programa "Voluntário de Companhia", do projecto "Sim à Vida", poderão ser formalizadas através do preenchimento de um formulário disponível no site, até ao dia 8 de Outubro. Segue-se depois "uma entrevista de avaliação psicológica individual" e os seleccionados "irão receber formação e colaborar com dois bombeiros voluntários que trabalham na área da acção social e psicologia". "Estimamos que o programa possa começar na última semana de Outubro", acrescentou.

De acordo com Teresa Almeida Santos, este programa pretende levar os voluntários a casa dos idosos para proporcionar uma conversa, auxílio em pequenos arranjos ou até para ajudar nas idas às compras ou à farmácia.

"O voluntário pode, desde logo, substituir o cuidador para que ele possa sair um pouco e ir às compras ou à farmácia. Ou podem, eles próprios, encarregarem-se dessas pequenas tarefas, facilitando a vida destas pessoas que estão fragilizadas e limitadas até na sua mobilidade", evidenciou.

Posteriormente, se for criada uma relação de confiança e de ligação, os voluntários poderão "alargar um pouco o âmbito da sua actividade, já sem necessidade de ter permanentemente um bombeiro".

No arranque do programa, as actividades serão desenvolvidas junto de oito famílias, que estão identificadas "pelas instituições de solidariedade social ou até pelos próprios Bombeiros Voluntários". No entanto, "há muito mais" e a ideia é "aumentar o auxílio a outras famílias".

"Nunca seremos demais para as necessidades que existem. Apelo à generosidade das pessoas, este voluntariado não custa muito: no fundo é dar uma ou duas horas por semana em prol dos outros", concluiu.

O projecto "Sim à Vida" tem como missão "responder às necessidades dos cidadãos em situação de vulnerabilidade social, detectadas pelos serviços, com vista à promoção do seu bem-estar e o dos seus cuidadores". Tem por objectivos "garantir o acompanhamento psicossocial da pessoa que se encontra numa situação fragilizada e do seu cuidador, além de executar uma abordagem integrada, com o objectivo de servir melhor o cidadão".