Quando o colectivo depA convidou Paulo Moreira a criar um “objecto síntese” representativo do “conflito” existente no bairro do Aleixo, no Porto, para apresentar na Bienal de Veneza, o arquitecto soube instantaneamente que não seria trabalho para um homem só. A sua ligação ao lugar era antiga e o conhecimento do que lá se passara tão profundo quanto possível para um “outsider”. Mas a peça da exposição colectiva com curadoria dos depA – que levou a Veneza casos de arquitectura portuguesa marcada pela tensão e controvérsia – exigia o saber e o sentimento de quem conhece as costuras do bairro.
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