Estes professores entraram nos quadros, mas sentem que “a precariedade continua”
Delfim, César e Bruno entraram este ano para os quadros do Ministério da Educação. Agora, se as regras se mantiverem, terão um ano de “estágio” pela frente, apesar de terem já vários anos de carreira.
Delfim Ramos foi durante 17 anos professor de Educação Moral, até que decidiu “investir”, voltar a estudar e "especializar-se" na área da Educação Especial. “Era para virar de área, para ver se tinha mais facilidade [em tornar-se efectivo].” Este é o vigésimo ano de serviço deste professor de 42 anos, um dos cerca de 5600 docentes que entraram nos quadros este ano através do mecanismo de "vinculação dinâmica" — uma das novidades do novo regime de gestão e recrutamento de professores. Se as regras não mudarem, 20 anos depois de se ter estreado na profissão, terá pela frente um ano que será uma espécie de estágio, em que terá aulas assistidas e um relatório final para apresentar por se encontrar no primeiro ano como professor de carreira.
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