Diomande acabou com a maldição austríaca do Sporting

“Leões” entram a ganhar na Liga Europa, com triunfo por 2-1 sobre o Sturm Graz após reviravolta. Foi a primeira vitória sportinguista na Áustria à oitava tentativa.

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Diomande marcou o golo do triunfo sportinguista EPA/CHRISTIAN BRUNA
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À oitava foi de vez. O Sporting entrou a ganhar na fase de grupos da Liga Europa, ao derrotar por 1-2 o Sturm Graz na primeira jornada do Grupo D. No estádio que em tempos teve o nome de Arnold Schwarzenegger, Gyökeres e Diomande marcaram os golos da reviravolta sportinguista, acabando com a maldição dos “leões” em território austríaco – nas sete visitas anteriores, o Sporting sofreu cinco derrotas e apenas conseguiu dois empates.

Amorim tinha dado a entender que iria fazer mudanças em relação ao "onze" que apresentou frente ao Moreirense e foi o que aconteceu. Optou por dar mais rotação no flanco direito, com Catamo, e mais contenção na esquerda com Matheus Reis, e novos parceiros para Hjulmand no meio-campo (Bragança) e Gyökeres no ataque (Paulinho e Trincão). Dinâmicas diferentes para um adversário que Amorim caracterizara como diferente daqueles que o Sporting está habituado na Liga portuguesa – mais físico e mais intenso.

E foi isso que o jogo começou por mostrar, um Sturm Graz muito intenso e muito pressionante. E o Sporting com dificuldades para se libertar, apesar de ter muita posse de bola (quase nos 70%). Os “leões” simplesmente não conseguiam jogar. Foi mais de meia-hora nisto até ao momento em que uma bola parada quase desbloqueou o jogo. Aos 32’, num livre pela direita de Hjulmand, Paulinho chegou ligeiramente atrasado e a bola perdeu-se. Pouco depois, Paulinho também surgiu em posição de golo, solicitado por Matheus, mas Kjell Scherpen, o gigante holandês (2,02m) na baliza austríaca, defendeu.

Com o impulso dos minutos finais da primeira parte, o Sporting voltou para a segunda com o mesmo espírito e com duas enormes oportunidades para chegar ao golo. Catamo, numa das poucas oportunidades em que teve espaço, avançou pela área e atirou por cima. Logo a seguir, o moçambicano tirou um cruzamento a que Trincão acorreu, dando a Scherpen mais um momento para brilhar.

Foi no melhor momento do Sporting que o Sturm Graz chegou ao golo. Tudo começou junto à área dos austríacos, com Danté a passar a bola por cima de Catamo. O maliano avançou no terreno entregou a Kiteishvili para fazer o resto da corrida. O georgiano avançou, disparou, acertou no poste e, na recarga, o jovem dinamarquês Boving fez o 1-0. Era a intensidade a fazer os seus estragos e o Sporting a falhar num dos momentos do jogo em que costuma ser bem competente, o da recuperação defensiva.

Era a “maldição” austríaca a fazer a sua aparição, mas, diga-se, o Sporting respondeu bem. Scherpen foi defendendo tudo o que o Sporting atirava na sua direcção – aos 66’, o holandês brilhou imensamente numa defesa dupla à queima-roupa a remates de Paulinho e Inácio. Mas, aos 77’, o guardião holandês teve algumas responsabilidades no empate de Gyökeres, que ganhou um duelo com um defesa austríaco e deu o toque final para a baliza, depois de uma jogada de génio de Pedro Gonçalves.

E, numa altura em que Amorim já tinha lançado todos seus titulares habituais (Nuno Santos, Pedro Gonçalves, Edwards e Morita, mais Fresneda), o Sporting chegou ao empate. Numa jogada de insistência após um canto, Diomande mostrou que também é um tecnicista, tirou dois do caminho e atirou para a baliza. Scherpen deixou passar e a maldição austríaca do Sporting iria acabar poucos minutos depois.

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