O Nigel é a sexta tempestade da época de furacões do Atlântico. "Formou-se a 16 de Setembro e está actualmente localizado a cerca de 1000km a sudeste das Bermudas. Está classificado como furacão de categoria 1, mas, segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA, espera-se que "se intensifique rapidamente" para a categoria 3 nas próximas horas", refere o comunicado do Copérnico, o programa europeu de monitorização do clima, divulgado nesta quarta-feira.
Os especialistas referem que, apesar do aumento de intensidade na viagem pelo oceano Atlântico, "não se espera que o Nigel atinja terra firme e não foram emitidos avisos". Fica, porém, um aviso a uma plateia restrita: "As suas ondulações poderão provocar condições de surf perigosas perto das Bermudas."
Em Maio, as previsões da Administração para o Oceano e a Atmosfera (NOAA, na sigla em inglês) norte-americana indicavam que, apesar de se estar a formar o padrão climático El Niño, que afecta o tempo em todo o globo, existiam boas hipóteses de este ano termos uma época de furacões normal no Atlântico.
“Temos condições muito raras este ano, com uma La Niña a dissipar-se e um El Niño [o padrão climático contrário] a formar-se, não temos muitos termos de comparação com isto”, disse o cientista da NOAA Matthew Rosencrans, numa conferência de imprensa transmitida online em Maio. Mas enquanto o El Niño faz aumentar as tempestades no Pacífico, tende a reduzir o número de tempestades na bacia do Atlântico.
Na altura foi também divulgada a lista de nomes de tempestades no Atlântico de 2023: Arlene, Bret, Cindy, Don, Emily, Franklin, Gert, Harold, Idalia, Jose, Katia, Lee, Margot, Nigel, Ophelia, Philippe, Rina, Sean, Tammy, Vince, Whitney. Eis o furacão Nigel a fazer a sua viagem pelo Atlântico.