Centeno em Belém? João Soares está disposto a apoiá-lo
Outra candidatura que João Soares estaria disposto a apoiar seria a de António Guterres, embora não acredite que tal se venha a verificar.
Depois de, em Agosto, o jornal Nascer do Sol ter lançado o nome de Mário Centeno na corrida a Belém 2026 e de o Expresso ter dado conta de um "reencontro" das tropas do ex-ministro das Finanças, foi a vez de João Soares dar voz às suas preferências. O ex-ministro da Cultura, que se cruzou com Centeno, durante alguns meses, no primeiro Governo de António Costa, disse na TSF que o actual governador do Banco de Portugal "exerceria muitíssimo bem as funções de Presidente da República".
Interpelado pelo jornalista Artur Carvalho no programa Não Alinhados, da TSF, João Soares assumiu que "Portugal tem uma grande dívida de gratidão" para com Mário Centeno já que a sua passagem pela pasta das Finanças foi histórica pela positiva. Centeno foi o primeiro ministro das Finanças em democracia a registar um excedente orçamental.
"Se for preciso, estou pronto a avançar com nomes nos quais me revejo, nomeadamente, o do actual governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, que acho que exerceria muitíssimo bem as funções de Presidente da República", disse Soares. "Acho que foi um grande ministro das Finanças, com o qual Portugal tem uma grande dívida de gratidão. Ou, pelo menos, eu tenho uma dívida de gratidão enquanto cidadão português", acrescentou.
No caso de António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas, avançar com uma candidatura às presidenciais, o antigo autarca de Lisboa também seria capaz de apoiar a sua candidatura. "Não creio que o calendário das Nações Unidas, do mandato nas Nações Unidas, permita que essa candidatura se verifique. Mas se ela se verificasse, contaria com o meu apoio entusiástico. Seria evidentemente um grande candidato, mas o calendário não o vai permitir", começou por dizer, mudando depois a conversa para Centeno.
O nome do antigo ministro das Finanças começou a ganhar peso depois de ter sido noticiado que o próprio já terá comunicado ao primeiro-ministro que apenas pretende cumprir um mandato à frente do Banco de Portugal, até ao Verão de 2025. As eleições presidenciais realizam-se depois disso, em Janeiro de 2026.