Subida dos refinados de petróleo agrava preço de referência dos combustíveis
O preço médio semanal, que é definido pelo regulador e reflecte os custos das gasolineiras, subiu para 1,916 euros/litro na gasolina e 1,865 euros/litro no gasóleo (com impostos).
As subidas das cotações dos produtos petrolíferos traduziram-se em aumentos do preço eficiente calculado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) para a gasolina e para o gasóleo simples vendidos nos postos de abastecimento, nesta semana de 18 a 24 de Setembro.
Este é o preço que a ERSE considera que corresponde um valor médio semanal que reflectirá adequadamente a soma de todas as componentes de custo das gasolineiras. No caso da gasolina, o preço eficiente subiu 1,8% face à semana passada, e, no caso do gasóleo, a subida foi de 3,6%.
Assim, o preço eficiente antes de impostos é de “0,969 €/l [euros por litro] para a gasolina 95 simples e de 1,053 €/l para o gasóleo simples”. Após impostos, os preços eficientes passam a 1,916 euros/litro e 1,865 euros/litro, respectivamente.
Este agravamento face à semana anterior tem em conta “a variação semanal das cotações internacionais da gasolina 95 simples em +3,9% e do gasóleo simples em +7,0%”, explica a entidade reguladora no relatório semanal de supervisão dos preços dos combustíveis, divulgado esta segunda-feira.
Ainda que os produtos refinados tenham cotações distintas das do crude, a subida do petróleo nos mercados internacionais (que leva alguns analistas a acreditar que o barril poderá chegar aos 100 dólares ainda este ano) indica que os preços para os consumidores finais poderão continuar a aumentar nos próximos tempos e a agravar o combate à inflação.
O impacto da subida das cotações é ainda maior devido à elevada carga fiscal, que representa praticamente metade do preço por litro.
Esta semana, quando estiverem a abastecer o carro com gasolina simples, em cada litro (preço eficiente de 1,916 euros/litro) os automobilistas irão pagar 0,946 euros de impostos (49,4% do total) e 0,744 euros da cotação e do transporte marítimo do produto (38,8%). Na semana anterior, o valor médio semanal atribuído pela ERSE a esta parcela era de 0,716 euros por litro.
A comercialização (onde está a margem das empresas) representará 8,7% do total, ou 0,167 euros por litro. A incorporação obrigatória de combustíveis pesa 2,8% no total (0,053 euros por litro) e a logística e reservas obrigatórias apenas 0,3% ou 0,006 euros/litro.
Olhando para o litro do gasóleo (preço eficiente de 1,865 euros/litro), o preço em bomba vai incluir 0,812 euros de impostos (43,5% do total) e 0,820 euros da cotação e frete (ou 44% do total), que compara com os 0,767 euros/litro da semana anterior.
O retalho leva uma fatia de 9,3%, ou 0,174 euros/litro, e as reservas e logística têm o mesmo custo de 0,006 euros/litro (peso de 0,3% no total).
A incorporação de biocombustíveis pesará 2,9% no total, ou 0,053 euros/litro).
Relativamente à semana passada, a média dos preços de venda ao público anunciados nos pórticos (e reportados pelos vendedores no balcão único de energia) ficou 2,2 cêntimos (ou 1,2%) por litro acima do preço eficiente calculado pela ERSE na gasolina e 2,1 cêntimos/litro (1,1%) no gasóleo.
Já os preços com descontos que são publicados pela Direcção-geral de Energia e Gelogia (DGEG) ficaram 1,3% abaixo do preço eficiente na gasolina (menos 2,5 cêntimos/litro) e 2,4% abaixo no gasóleo (menos 4,2 cêntimos/litro).