O Festival Interferências está habitado por árvores, pássaros, ruídos
Na sua terceira edição, o festival dedicado a primeiras obras apresenta oito propostas de relação com o espaço do Palácio Pancas Palha, em Lisboa, sede da Companhia Olga Roriz.
Há um número de corpos espalhados pelo chão. Cada um seguiu à sua maneira a instrução de Joana Levi para se deitar junto de uma das folhas soltas que convidam, precisamente, a isso mesmo. “Deite aqui”, dizem elas, e o público obedece, entra no jogo, fecha ou não os olhos, observa ou não o espaço do estúdio em que se encontra, enfrenta ou não a nudez integral da criadora brasileira que apresenta Companhia das Plantas – primeira parte de uma série intitulada Primárias e Exóticas. E é a partir desta situação que toda a performance se vai desenvolvendo, começando por embalar os espectadores através da palavra e encaminhando-os até à criação de imagens mentais.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.