A mais bela profissão do mundo

A escola perdeu os atractivos da beleza e ganhou a imagem de um cúmulo de deficiências e problemas.

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A escola é cada vez mais esmagada pelo peso das ansiedades Nelson Garrido
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Reinício do ano lectivo, tempo de examinar as doenças da escola e sondar o mal-estar dos professores. Um jornal, com vocação crítica desde o seu nascimento, fala da “crise dos professores” e analisa as causas do desinteresse pela “mais bela profissão do mundo”. As aspas, não sou eu que as coloco por estar a citar o dito jornal; é o jornal que se encarrega, através das aspas, de dizer que está a citar uma frase que nos foi transmitida pela tradição. Mas neste caso as aspas também significam outra coisa: que a expressão já não pode ser dita sem recuo, e só um ingénuo ousaria repeti-la sem aspas. A “mais bela profissão do mundo”, é dito logo no início do artigo, deixou de ser interessante e, por isso, atrai cada vez menos candidatos e provoca cada vez mais o abandono dos que nela entraram, por causa de condições de trabalho cada vez mais difíceis e uma remuneração pouco atractiva.

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