ABC de Verão: Aleixo, Brasil, Caetano e Calcinha

Se Caetano Veloso, que por estes dias actua nos coliseus, passasse pelo Algarve, havia de divertir-se com este nome: Café Calcinha.

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Foi num Verão passado, andava Lisboa eufórica com a sua Expo’98. No palco da denominada Praça Sony, naquele que viria a ser o Parque das Nações, Caetano Veloso teve Pedro Abrunhosa por convidado. Este, a dada altura, depois de elogiar a “genialidade” de Caetano, perguntou à plateia: “E nós, o que é que temos que fazer?” E lá veio a célebre canção F, que andava a fazer furor desde 1995, publicada num disco de capa vermelha brilhante com um grande F dourado ao centro. O refrão, cantado por milhares, foi também cantado por Caetano, que observou depois: “Em 1968, quando eu estive pela primeira vez em Lisboa, ninguém imaginaria que viesse a haver uma canção chamada Talvez Foder...” Passado um quarto de século, quando pouco ou nada já espanta, Caetano volta a actuar em Portugal, com uma obra-prima na bagagem, Meu Coco (2021), sucessora de outras duas das últimas três décadas: Abraçaço (2012) e Livro (1997).

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