Covid-19. OMS alerta que estão a aumentar hospitalizações na Europa
Nenhuma variante do coronavírus se apresentou como dominante a nível mundial, mas a EG.5 (considerada “de interesse” pela OMS e denominada “Éris” pelos peritos) está em ascensão.
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As mortes por covid-19 estão a aumentar na Ásia Oriental e no Médio Oriente, assim como as hospitalizações na Europa, num momento em que muitos países deixaram de fornecer estes dados, advertiu na quarta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS). “Só 43 países continuam a reportar as mortes [por covid-19] e apenas 20 dão dados de hospitalizações”, lamentou o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em conferência de imprensa. “O aumento de mortes e hospitalizações mostra que a covid chegou para ficar e continuamos a precisar de ferramentas para lutar contra ela”, afirmou o especialista etíope.
Tedros reconheceu que actualmente nenhuma variante do coronavírus se apresentou como dominante a nível mundial, apesar de uma delas, a EG.5 (considerada “de interesse" pela OMS e denominada "Éris" pelos peritos) estar em ascensão. "Uma das principais preocupações da OMS são as pessoas e grupos de risco que não receberam doses da vacina anticovid recentemente”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, que pediu aos que foram aconselhados a vacinarem-se que se dirijam aos centos médicos para o fazerem.
Reforço da vigilância e vacinação
A OMS manifestou ainda inquietação com as "tendências preocupantes" relativamente à covid-19, com a aproximação do Inverno no Hemisfério Norte, apelando para a vacinação e a vigilância sobre o vírus. "Estimamos que haja actualmente centenas de milhares de pessoas hospitalizadas por covid”, acrescentou Maria Van Kerkhove, responsável técnica da agência de saúde das Nações Unidas para a covid-19.
"É inquietante, porque vamos passar por meses mais frios em alguns países: as pessoas têm tendência a passar mais tempo no interior e os vírus que se transmitem pela via aérea como o da covid beneficiam com isso”, disse. Dado que a gripe e o VRS – o vírus da bronquiolite – também circulam, Kerkhove insistiu na importância dos testes e da vacinação.
Alguns casos da sub-variante BA.2.86 — que transporta um grande número de mutações — foram detectados em 11 países, referiu Tedros Adhanom Ghebreyesus, acrescentando que a OMS a “vigia de perto para avaliar a transmissibilidade e o potencial impacto”. Segundo Maria Van Kerkhove, os dados preliminares sugerem que as vacinas existentes oferecem protecção contra a BA.2.86.