Há 20 mil alunos para 10 mil vagas na segunda fase do acesso ao ensino superior

Total de candidatos é semelhante ao registado há um ano. Disputam entre si 9952 vagas ainda disponíveis.

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Há mais de dois candidatos para cada uma das 9952 vagas ainda disponíveis no ensino superior Manuel Roberto
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Mais de 20 mil estudantes apresentaram a sua candidatura a um lugar no ensino superior no novo ano lectivo na 2.ª fase do concurso nacional de acesso, que terminou ao final do dia de terça-feira. Há mais de dois candidatos para cada uma das 9952 vagas ainda disponíveis nas universidades e institutos politécnicos públicos. Os resultados são conhecidos no final da próxima semana.

A 2.ª fase de candidaturas ao concurso nacional de acesso ao ensino superior encerrou à meia-noite desta segunda-feira. De acordo com o balanço feito no site da Direcção-Geral do Ensino Superior (DGES), concorreram, até ao final do prazo, 20.574 estudantes, menos 265 do que em igual período do ano passado.

Esta ligeira diminuição (menos 1,3%) é inferior à registada na 1.ª fase de ingresso – houve menos 4% nessa altura. No arranque do concurso nacional de acesso ao ensino superior, cujos resultados foram conhecidos no final do mês passado, garantiram lugar nas universidades e politécnicos públicos para o próximo ano lectivo 49.438 estudantes. Ainda que tenha havido uma redução ligeira (0,7%) face ao ano passado, este é o quarto concurso com maior número de entradas — apenas ultrapassado pelos três anos anteriores.

Os mais de 20 mil candidatos à 2.ª fase do concurso de acesso disputam 9952 vagas. Desde pelo menos 2018 que não havia tão poucos lugares ainda por preencher nas universidades e politécnicos públicos nesta altura do período de ingresso.

Já se sabia, desde que foram divulgados os resultados da 1.ª fase de colocações, que tinham sobrado 5212 lugares nas instituições de ensino superior públicas – o número mais baixo desde 1999. A estas, juntam-se agora os lugares libertados pelos alunos que, tendo sido colocados na 1.ª fase, não se matricularam na universidade ou instituto politécnico onde tinham assegurado um lugar. Foram 4720 os estudantes nesta situação, também o número mais baixo dos últimos seis anos.

A “forte redução” (de 19% face ao ano anterior) “de estudantes não-matriculados resulta do facto de 56% dos estudantes terem sido colocados na sua primeira opção e 87% numa das suas três primeiras opções de candidatura, os valores mais elevados dos últimos anos”, defendeu o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, em resposta escrita enviada ao PÚBLICO no início desta semana.

Entre os lugares ainda disponíveis, estão alguns nos cursos mais concorridos. Por exemplo, há duas vagas em Engenharia Aerospacial do Instituto Superior Técnico (Universidade de Lisboa), o terceiro curso com nota de ingresso mais elevada na 1.ª fase (18,68 valores) e uma no mesmo curso ministrado pela Universidade de Aveiro – 18,52 valores de nota de ingresso na 1.ª fase.

Os resultados da 2.ª fase de ingresso no ensino superior público serão divulgados a 17 de Setembro. Já a 3.ª e última fase do concurso nacional decorre este ano entre 22 e 25 de Setembro, sendo as colocações conhecidas, pela primeira vez, no último dia do mês.

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