FC Porto pede anulação de jogo com Arouca. FPF analisa “quebra de comunicações”
Portistas condenam a “má conduta da equipa de arbitragem”, após Miguel Nogueira reverter penálti sem acesso a imagens e a falar ao telemóvel. Federação diz que vai analisar “quebra de comunicações”.
O polémico empate entre FC Porto e Arouca faz já correr muita tinta após o apito final do árbitro Miguel Nogueira. Os portistas anunciaram na noite deste domingo a decisão de protestar o jogo, pedindo a anulação da partida por "má conduta da equipa de arbitragem". Em nota enviada ao PÚBLICO, o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol confirma que vai analisar a "quebra de comunicação de áudio e vídeo" do ponto de vista técnico e anunciar publicamente as conclusões.
No protesto apresentado aos delegados da Liga, os "dragões" levantam a actuação do árbitro Miguel Nogueira no momento em que, sem ter acesso às imagens do lance, reverteu uma grande penalidade a favor do FC Porto assinalada momentos antes. A falha de comunicações levou a que o árbitro comunicasse com o colega na cidade do futebol através de uma chamada telefónica, momento insólito que já corre o mundo.
"A acção de Miguel Nogueira constitui uma violação das regras de jogo e um erro de direito com potencial impacto grave no desfecho do encontro", escrevem os portistas em comunicado.
De acordo com o jornal A Bola, o problema de comunicações do VAR esteve na bateria descarregada. A empresa de telecomunicações contratada pela Federação não ligou o equipamento à corrente eléctrica, escolhendo recorrer à bateria.
Quase em simultâneo, o Benfica também emitiu um comunicado sobre o jogo entre FC Porto e Arouca. Por sua vez, as "águias" protestam os 17 minutos de compensação atribuídos por Miguel Nogueira, pedindo "critérios iguais para todos".
"É absolutamente urgente afinar critérios e garantir a transparência. É preciso que de uma forma clara e objectiva se apresentem as razões para 17 minutos de descontos no jogo FC Porto-Arouca. E que se explique, igualmente, que mais justificações existem para deixar o jogo prosseguir até aos 22 minutos de tempo extra para lá dos 90!", pode ler-se.
O Benfica questiona ainda o facto de a Sport TV não ter dissipado as dúvidas sobre a posição de Evanilson no lance golo do empate do FC Porto, marcado aos 90+19'.