O Caso do Cadáver Esquisito: uma “novela” misteriosa e viajada para seguir diariamente na Fugas

É mistério, é surreal, são 22 histórias, 22 autores. Com viagens por cenários ilustrados, de Lisboa a Açores, Alentejo, Vaticano, Brasil ou até Sachola Caiada. Miguel Calado Lopes e Alda Rocha editam.

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Detalhes das aguarelas criadas por Carlos Matos para a "novela"
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A Fugas começa este sábado a publicar diariamente uma experiência surpreendente que nos viajará por histórias divertidas e imaginativas. E, claro, por muitos cenários reais. É uma “novela” surrealista, ao ritmo do clássico "folhetim", com 22 histórias assinadas por 22 autores. Este Cadáver Esquisito estará disponível no site da Fugas e é também publicado, nas páginas dos autores no Facebook. A estreia é este sábado às 13h, com duas histórias; a partir daí há nova história todos os dias à mesma hora - basta seguir a tag O Caso do Cadáver Esquisito no PÚBLICO.

As 22 narrativas foram sendo trabalhadas nos últimos três meses, tendo o “cadáver” começado às voltas na cova da pasmaceira criativa um mês antes, quando surgiu no Facebook um convite do autor da primeira história a autores dispostos a participarem num jogo literário. A 25 de Maio, com 20 autores inscritos (foram acrescentados mais dois), o “cadáver” começou a andar com a publicação dos títulos das histórias e das mini-biografias dos autores. A 20 de Julho, já 12 autores tinham entregado as suas histórias ao autor seguinte, fiéis ao princípio subjacente ao movimento surrealista Cadavre Exquis, surgido em França há cerca de 100 anos. Ou seja, por exemplo, o autor nº 15 tinha de continuar a história nº 14, mas não conhecia a 13ª nem as antecedentes. Quando, há dias, o “cadáver” chegou ao seu destino final de publicação tinha andado em muitas bolandas.

Foi homem, mulher, rapaz, rapariga, velho, velha, andou de bicicleta, avião, comboio, a pé e por baixo de água. Esteve encerrado num tronco de árvore, apresentou-se ao Juízo Final, foi sacristão bebedolas, santo e santa, pecador (assassino, mesmo), fugiu de uma prisão, foi fantasma e encontram-no estendido numa rua do Cais do Sodré. Esteve no Havai, Londres, Mértola, Charlotte (EUA), Vaticano, Roma, Amesterdão, Brasil, Angola, Açores, rua Augusta e Av. Almirante Reis, em Lisboa, um sei lá de andanças, incluindo Sachola Caiada.

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Participaram no jogo, por ordem de entrada em cena: Miguel Calado Lopes, Alda Rocha, Ricardo Nabais, Paola Rolleta, João Querido Manha, Filipa Taipina, Jorge Henrique Bastos, Conceição Branco, Inês Queiroz, Luís Serpa, Isabel Tavares, Anthony Aalto, Mariana Crisóstomo, Simon Kuin, Katya Delimbeuf, Rita Blanco Clemente, José Manuel Arrobas, Joana Leitão de Barros, Fátima Moura da Silva, Luísa Salema, José Alves Mendes e Joaquim Vasconcelos.

A edição é de Miguel Calado Lopes (que já tem escrito para a Fugas algumas viagens) e Alda Rocha (antiga jornalista, incluindo-se o PÚBLICO e Expresso no seu currículo). O grafismo é de Jorge Barbosa e as aguarelas são de Carlos Matos.

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