Perto de metade do novo crédito à habitação foi a taxa fixa e mista em Julho

Dados referentes em Julho são surpreendentes, tendo em conta que historicamente a percentagem das duas taxas ficava nos 15%, mas a subida é essencialmente na taxa mista.

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Euribor mais elevada leva mais portugueses a optar por taxas mistas e fixas no crédito para a compra de casa Manuel Roberto
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É uma mudança muito significativa no perfil do novo crédito à habitação. Em Julho, os novos empréstimos à habitação com taxa fixa ou mista (isto é, empréstimos com taxa de juro fixa num período inicial do contrato, seguido de um período em que a taxa de juro é variável) representaram, em conjunto, 49% do total de novos empréstimos à habitação, revelou esta sexta-feira o Banco de Portugal (BdP).

“O peso dos empréstimos com taxa de juro fixa ou mista tem aumentado de forma muito evidente ao longo do último ano: de um valor que historicamente rondava os 15%, passou para quase metade das novas operações de crédito”, refere o regulador, em comunicado.

Contudo, “a subida tem ocorrido sobretudo nos contratos com taxa mista”, refere o BdP. E os números confirmam-no: o peso da taxa mista ascendeu a 38,6%, e os da taxa fixa ficaram-se por 10,4%, ainda assim, acima do que era habitual.

A justificar a opção pelas taxas mistas e fixas está o elevado nível das taxas Euribor, e o facto de as taxas mistas e fixas se situarem ligeiramente abaixo das variáveis.

A taxa de juro média dos novos empréstimos praticamente não sofreu alteração, ao subir de 4,23% em Junho para 4,24% em Julho.

Em montante, os novos empréstimos à habitação ascenderam a 1581 milhões de euros, menos 75 milhões de euros face a Junho.

O BdP destaca que “a prestação média mensal do stock de empréstimos para habitação própria permanente aumentou oito euros em Julho, fixando-se nos 399 euros”. Este aumento é, no entanto, inferior ao dos quatro meses anteriores, que, em média, foi de dez euros. De acordo com os dados divulgados, e comparando com o período homólogo, verifica-se que a prestação média mensal subiu 105 euros”.

No total, as instituições financeiras emprestaram 2184 milhões de euros aos particulares, menos 114 milhões do que em Junho. Para além da habitação, o montante concedido diminuiu nove e 30 milhões de euros, nos dois segmentos do crédito ao consumo.

As taxas de juro médias dos novos empréstimos ao consumo subiram, passando de 8,60% em Junho para 8,85% em Julho, e para outros fins de 5,30% para 5,42%.

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