Alojamentos turísticos receberam 10,13 milhões de estrangeiros até Julho
Dados da actividade turística em Portugal revelam um crescimento de 14,7% nas dormidas entre Janeiro e Julho, face aos primeiros sete meses de 2002.
Os estabelecimentos de alojamento turístico a operar em Portugal registaram, entre Janeiro e Julho deste ano, 16,7 milhões de hóspedes, o que representa uma subida de 17,6% face a igual período de 2022.
Destes, 10,13 milhões eram residentes no estrangeiro (mais 24,6%) e 6,12 milhões a viver em Portugal (mais 8,3%), de acordo com os últimos dados agregados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e divulgados nesta quinta-feira.
O INE conta como hóspede uma pessoa que efectue “pelo menos uma dormida num estabelecimento de alojamento turístico”.
No período acumulado de Janeiro a Julho de 2023, escreve o INE na nota agora divulgada, “as dormidas aumentaram 14,7%” – mais 5,2% nos residentes e mais 19,4% nos não residentes. Comparando com o mesmo período de 2019 (último ano antes da pandemia de covid-19), “as dormidas cresceram 9,8%”, mais 12,7% nos residentes e mais 8,6% nos não residentes.
Só em Julho, o sector do alojamento turístico registou 3,2 milhões de hóspedes e 8,8 milhões de dormidas, “correspondendo a crescimentos de 4,1% e 1,3%, respectivamente”, quando as variações homólogas tinham sido de 6,9% (hóspedes) e 3,6% (dormidas) em Junho de 2023.
Com comportamentos distintos entre residentes e não residentes. “Em Julho, as dormidas geradas pelo mercado interno diminuíram 2,9%, totalizando 2,8 milhões.” Já os mercados externos “totalizaram seis milhões de dormidas (mais 3,4%)”.
No passado mês de Julho, o mercado espanhol “representou 11,7% das dormidas de não residentes, decrescendo 0,6% face a Julho de 2019” e 4,7% face a Julho do ano passado.
Foi o segundo principal mercado, após o britânico (quota de 18,9% em Julho passado), mais 4,7% comparando com Julho de 2019, e mais 2,7% face a 12 meses antes.
Entre os 17 principais mercados emissores (que representam “86,8% do total de dormidas de não residentes”), o Canadá e os Estados Unidos da América “continuaram a ser os mercados que mais cresceram (mais 31,4% e mais 14,2%, respectivamente), face a Julho de 2022”, contextualiza a nota do INE. Em sentido contrário, a Finlândia e a Bélgica “registaram os maiores decréscimos nas dormidas”, com quebras de 23,9% e 14,6%, respectivamente, face a igual mês do ano passado.