Autoridades de saúde investigam morte de grávida e bebé em Guimarães

Regulador e inspecção da Saúde abriram um inquérito ao caso de uma mulher grávida e do bebé que morreram em Guimarães, apenas um dia depois de terem recebido alta do hospital.

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O hospital de Guimarães diz que actuou sempre de acordo com os protocolos estabelecidos para estas situações Reuters/Regis Duvignau
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A Entidade Reguladora da Saúde e a Inspecção-Geral das Actividades em Saúde anunciaram nesta quarta-feira, 30 de Agosto, a abertura de processos de avaliação e de inquérito, respectivamente, à morte de uma grávida e do bebé, após terem sido assistidos no Hospital de Guimarães.

"A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) e a Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS), após terem tido conhecimento do falecimento de uma grávida e do seu bebé, assistidos no Hospital Senhora da Oliveira, E.P.E. (Guimarães), decidiram, no quadro das suas competências legais, instaurar, respectivamente, um processo de avaliação e um processo de inquérito que permitam o cabal esclarecimento desta situação", referem estas entidades, em comunicado enviado à agência Lusa.

A nota conjunta acrescenta que a "ERS e a IGAS decidiram cooperar de modo a obter todos os esclarecimentos necessários de forma complementar".

Em resposta enviada à Lusa, o Hospital Senhora da Oliveira (HSO), em Guimarães, distrito de Braga, diz que se solidariza com a família "neste momento difícil e lamenta a sua perda", assumindo que actuou sempre de acordo com os protocolos estabelecidos para estas situações.

"Nesta altura, o que podemos adiantar é que todo o protocolo clínico foi conduzido, desde o primeiro momento, conforme os procedimentos exigidos nestas situações. Tratava-se de uma utente com co-morbilidades, tendo chegado a este hospital já sem vida. Como é protocolado nestas circunstâncias, aguardamos o resultado da autópsia", refere o HSO.

A mulher, de 26 anos, grávida de 35 semanas, residente numa freguesia do concelho de Guimarães, era acompanhada no hospital de Guimarães. No domingo (27 de Agosto), dirigiu-se à unidade hospitalar, queixando-se de falta de ar, onde realizou vários exames, que nada detectaram, tendo o HSO dado alta à paciente. Na segunda-feira seguinte, a mulher voltou a sentir-se mal, e viria a morrer, assim como o bebé, na ambulância a caminho do hospital.