Inflação da maior economia europeia continua acima dos 6%

Alemanha deverá acabar este mês com uma inflação de 6,1%, mantendo a pressão sobre a decisão que o Banco Central Europeu (BCE) terá de tomar em Setembro sobre os juros.

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Christian Lindner, ministro das Finanças alemão, e Olaf Scholz, chanceler Reuters/LISI NIESNER
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A taxa anual de inflação na Alemanha deverá fechar o mês de Agosto em 6,1%, previu esta quarta-feira o organismo estatístico oficial do país, o Destatis.

A confirmar-se, é um um alívio face ao Índice de Preços no Consumidor (IPC) registado em Julho, que terminou com uma taxa de 6,2%, e face a Junho (6,4%). A inflação subjacente, que exclui os preços dos alimentos não processados e a energia, foi de 5,5%, igual a Julho. Em Junho, foi de 5,8%.

No comunicado divulgado agora, o Destatis explica que “em Agosto de 2023 os preços dos produtos alimentares continuaram a registar um crescimento acima da média (+9,0%) em comparação com o mesmo mês do ano anterior”. Os preços da energia também subiram 8,3% no mesmo período face ao mês homólogo, mas o instituto alemão afirma que há que contabilizar na comparação o efeito de base: em Agosto de 2022, recorda, o Governo federal da Alemanha lançou o terceiro plano de apoio à economia e aos consumidores.

Em termos comparáveis com o resto dos Estados-membros da União Europeia, a maior economia da região registou um Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) de 6,4% (mais 0,4% face a Julho), aliviando dos 6,5% registados em Julho. O Financial Times adianta que os economistas consultados pelo jornal previam uma descida maior, para 6,2%.

Espanha também publicou hoje a primeira estimativa de inflação para Agosto, de 2,6%, prevendo que o IHPC seja de 2,4%. Portugal tem prevista a sua divulgação para esta quinta-feira, último dia do mês.

O Banco Central Europeu (BCE) decide sobre a evolução das taxas de juro de referência para a zona euro a 14 de Setembro, data até à qual toda a zona euro deverá apresentar os dados finais da inflação.

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