Pinturas atribuídas a Cruzeiro Seixas e a Malangatana foram apreendidas pela ASAE
Autoridade tem fortes suspeitas de que serão obras de arte falsificadas. Instaurou processos-crime a uma galeria e a uma leiloeira.
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) anunciou esta terça-feira a apreensão de quatro obras de arte atribuídas a artistas plásticos consagrados, mas suspeitas de terem sido falsificadas. Entre os artistas em causa estão os pintores português Artur do Cruzeiro Seixas (1920-2020) e moçambicano Malangatana (1936-2011). Em simultâneo, a ASAE instaurou dois processos-crime a uma galeria de arte e a uma leiloeira, que não identificou, apenas referindo, em resposta ao PÚBLICO, estarem situadas no distrito de Lisboa.
“O valor estimado da totalidade das obras de arte apreendidas ascende a 17 mil euros, atendendo aos respectivos valores de venda e de licitação”, explicita a ASAE no seu comunicado.
Esta operação foi desenvolvida, durante vários meses, pela Unidade Nacional de Informações e Investigação Criminal (UNIIC) da ASAE, que tem vindo a realizar diversas investigações nos domínios da comercialização de obras de arte e do combate aos crimes de usurpação de direitos de autor, aproveitamento de obra contrafeita, burla e falsificação de documentos. A ASAE acrescenta que a investigação continua em curso.