Julgamento de Trump por conspiração marcado para 4 de Março de 2024

Início do julgamento sobre a tentativa de reversão dos resultados eleitorais ficou marcado para a véspera da “Super Terça-Feira” das primárias republicanas.

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Trump lidera as sondagens e é favorito para a nomeação do Partido Republicano Reuters/EVELYN HOCKSTEIN
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O julgamento em que o ex-Presidente dos EUA, Donald Trump, vai responder pelas acusações de tentativa de reversão dos resultados das eleições de 2020 vai começar a 4 de Março do próximo ano, determinou esta segunda-feira um tribunal federal.

Os advogados de Trump tinham pedido que o julgamento fosse adiado para 2026, alegando não terem tempo suficiente para estudar os quase 13 milhões de páginas que constam no processo em que o ex-Presidente é acusado de conspirar para reverter os resultados. No entanto, a juíza federal Tanya Chutkan disse que a data proposta pela defesa “vai muito além do necessário”.

O pedido dos advogados de Trump tinha como objectivo deixar o julgamento para depois das eleições presidenciais do próximo ano, provavelmente com a esperança de que, após um eventual regresso à Casa Branca, o magnata pudesse amnistiar-se a si próprio. Trump tem descredibilizado todas as acusações contra si, dizendo que não passam de uma “caça às bruxas” com o intuito de o afastar da vida política.

Com a decisão do tribunal federal de Washington desta segunda-feira, Março promete ser um mês atribulado para Trump. Para além de ser uma altura crucial das eleições primárias do Partido Republicano – a célebre “Super Terça-Feira” está marcada para 5 de Março –, o ex-Presidente vai começar a ser julgado a 25 de Março no caso que envolve o pagamento de subornos a uma ex-actriz de filmes para adultos.

A juíza de Washington disse que ia reunir com o juiz responsável por esse caso para perceber se pode existir algum tipo de conflito de agenda, segundo a Reuters.

O procurador distrital do condado de Fulton, na Georgia, tinha também proposto 4 de Março para que o julgamento em que Trump é acusado de interferir no processo eleitoral naquele estado se iniciasse. Terá agora de ser proposta uma data alternativa.

Chutkan afirmou que não irá permitir que as ambições políticas de Trump interfiram no decorrer do julgamento e que, “tal como qualquer outro réu, terá respeitar a data do julgamento, independentemente da sua agenda”. A juíza disse ainda que “há um interesse da sociedade num julgamento rápido”.

Trump irá ainda a julgamento no próximo ano, a 24 de Maio, num caso em que suspeito de ter retido ilegalmente documentos confidenciais já depois de ter abandonado a presidência e de obstrução à justiça.

Apesar dos inúmeros casos judiciais movidos contra si nos últimos meses, Trump permanece como o favorito para a nomeação presidencial republicana.

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