Paulinho volta a valer a vitória ao Sporting

Pela terceira jornada consecutiva, o avançado minhoto marcou o golo do triunfo “leonino”, desta vez no 1-0 frente ao Famalicão.

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Paulinho, o homem dos golos que valem pontos Reuters/PEDRO NUNES
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Poucos jogadores terão sido tão discutidos no Sporting como Paulinho desde que chegou a Alvalade nos primeiros dias de 2021. Avançado útil, sim, goleador indiscutível, nem por isso. Mas essa opinião deixa de fazer sentido a partir do momento em que marca em todos os jogos e os seus golos valem vitórias. Neste domingo, o avançado minhoto voltou a fazer a diferença pela terceira jornada consecutiva, ao marcar o golo que deu o triunfo dos “leões” sobre o Famalicão por 1-0. Três vitórias em três jogos para a equipa de Rúben Amorim e liderança partilhada do campeonato com o Vitória de Guimarães. Tudo graças a Paulinho.

O ex-jogador mais caro da história do Sporting ganhou, de facto, uma nova vida a jogar ao lado daquele que o ultrapassou na lista, Viktor Gyökeres. O sueco é o foco das marcações mais cerradas e Paulinho tem um pouco mais de liberdade para manobrar, criar perigo e marcar golos – já vai em quatro no campeonato e foram todos decisivos, todos eles a valerem vitórias.

Em relação ao último jogo, e ainda sem Fresnedas (o espanhol viu o jogo da bancada), Amorim promoveu a estreia do reforço Hujlmand no meio-campo e isso deslocou Pedro Gonçalves para o ataque, ao lado de Paulinho e Gyökeres. Era este o plano para tentar quebrar o habitualmente problemático Famalicão, que se apresentou em Alvalade com as suas rotinas defensivas bem aplicadas. João Pedro Sousa sabia que quanto mais tempo o Sporting levasse a chegar ao golo, maiores as suas hipóteses seriam de tirar alguma coisa do jogo.

Foi assim durante mais de meio jogo. O Sporting a manter o jogo no seu meio-campo ofensivo, o Famalicão entrincheirado em frente à sua baliza. Os “leões” foram criando várias oportunidades, mas nada feito. Havia um grande problema no último passe e, quando, as bolas entravam, estava Luiz Júnior, o excelente guarda-redes brasileiro dos minhotos, para segurar. E, diga-se, foi Paulinho o principal dínamo do ataque, a criar oportunidades e a tentar concretizá-las. A melhor de todas aconteceu logo aos 19’, com Gyökeres a ganhar na área e a deixar para Paulinho, mas tinha a cabeça de Luiz Júnior pelo caminho.

O Famalicão parecia sempre muito seguro do que estava a fazer e teve o mérito de provocar algum descontrolo emocional nos “leões”. Tudo fazia parte do plano. Na segunda parte daria para ser um pouco mais ousado no ataque. E logo no primeiro minuto do segundo tempo, os minhotos tiveram uma bela investida pelo flanco esquerdo, em que Francisco Moura avançou pela esquerda, Cádiz teve espaço na área, mas acabou por rematar contra Inácio e a jogada perdeu-se.

Mas o Sporting não perdeu o sentido do jogo. Aos 49’, num livre directo, Pedro Gonçalves atirou à trave, antecipando aquilo que viria pouco depois. Aos 52’, Gyökeres foi carregado junto à linha final. Na cobrança do livre, Nuno Santos picou para o segundo poste, Coates ganhou nas alturas e a bola sobrou para a cabeça de Paulinho, que continua a ser matador. Golo, marcador desbloqueado e caminho para a vitória aberto.

Mas ainda faltava muito tempo. O Famalicão tentou ser um pouco mais ofensivo. Mas não chegou para contrariar o efeito Paulinho neste início de época do Sporting.

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