A missão Crew-7 da NASA e da SpaceX descolou com sucesso esta madrugada do cabo Canaveral, na Florida, Estados Unidos, rumo à Estação Espacial Internacional (EEI), onde a tripulação realizará centenas de experiências e substituirá a Crew-6, uma equipa de quatro astronautas a bordo da EEI desde Março passado.

A cápsula Crew Dragon Endurance foi lançada a partir do Centro Espacial Kennedy, na Florida, por um foguetão Falcon 9 da SpaceX, fundada por Elon Musk. A descolagem aconteceu, conforme programado, às 3h27 deste sábado (8h27 em Lisboa). A acoplagem à Estação Espacial Internacional ocorrerá este domingo, pelas 8h39 (13h39 em Lisboa).

O lançamento da missão Crew-7 — que representa a sétima troca de tripulação na EEI feita pela NASA — estava inicialmente previsto para as 3h50 (8h50 de Lisboa) de sexta-feira, mas foi adiado para a madrugada de sábado. A NASA não adiantou as razões do adiamento.

A missão Crew-7 (ou tripulação 7, em português) é comandada pela astronauta Jasmin Moghbeli, seleccionada pela NASA em 2017, e pelo dinamarquês Andreas Mogensen, da Agência Espacial Europeia (ESA). Viajam ainda na nave espacial os astronautas Satoshi Furukawa, da agência japonesa JAXA, e Konstantin Borisov, da russa Roscosmos.

Na Estação Espacial, a Crew-7 junta-se, ainda que por pouco tempo, à Expedição 69, iniciada em Março de 2023. Ao comando está o astronauta russo Serguei Prokopiev, acompanhado por Dmitri Petelin e Andrei Fedyaev (também da Roscosmos), Sultan Alneyadi, dos Emirados Árabes Unidos, e Frank Rubio, Stephen Bowen e Warren Hoburg, os três da NASA.

Durante uma semana serão 11 os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional, mais do que o habitual: "Normalmente somos sete pessoas a bordo ao mesmo tempo", explicou ao PÚBLICO Andreas Mogensen, o primeiro comandante não norte-americano numa Crew Dragon da SpaceX.

Voltam a ser sete quando os membros da tripulação 6 (Sultan Alneyadi, Andrei Fedyaev, Stephen Bowen e Warren Hoburg) regressarem à Terra, a 1 de Setembro.

"Andreas abrirá caminho para a Europa na exploração espacial", lê-se num comunicado da Agência Espacial Europeia. "Realizará e apoiará inúmeras experiências a nível internacional e europeu enquanto estiver em órbita na missão Huginn", nome escolhido pelo astronauta dinamarquês, em referência a uma lenda nórdica.