O ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump entregou-se esta quinta-feira às autoridades do estado norte-americano da Geórgia, na prisão de Fulton County, em Atlanta, no âmbito do processo em que é acusado de tentar alterar os resultados das eleições presidenciais de 2020.

Trump, que nega todas as acusações e considera ser alvo de perseguição política, tinha até esta sexta-feira ao meio-dia local (17h em Portugal continental) para cumprir a obrigação de se apresentar às autoridades. Chegou à prisão às 19h34 (0h34 hora de Portugal continental), 30 minutos após o seu avião aterrar em Atlanta.

Depois de se entregar, Trump foi formalmente acusado e libertado após o pagamento de uma fiança de 200 mil dólares. Saiu da prisão menos de meia hora depois de ter entrado, antes das 20h. “Não fizemos nada de errado e temos todo direito de questionar uma eleição que achamos que foi desonesta”, afirmou aos jornalistas, numa curta declaração no aeroporto, antes de embarcar novamente.

Pela primeira vez entre os vários processos que enfrenta, Trump foi obrigado a tirar uma mugshot, isto é, a fotografia tirada a uma pessoa acusada de um crime.

Foi esta imagem que Trump usou para pedir donativos, reactivando a conta na rede social X (antigo Twitter), com mais de 86 milhões de seguidores. Numa publicação publicada esta sexta-feira, Trump insere uma hiperligação que redirecciona os utilizadores para uma angariação de fundos.

O ex-Presidente reitera que não cometeu qualquer crime e pede apoio financeiro aos eleitores. A conta de Trump foi suspensa nesta rede social após a invasão do Capitólio de 6 de Janeiro de 2022.

No sistema da prisão, Trump é descrito como tendo cabelo louro e foram registados também a altura e peso do ex-Presidente, segundo o New York Times. Esta quinta-feira, Trump terá ainda mudado a sua equipa legal, contratando Steven Sadow, um advogado de Atlanta especializado na lei anticorrupção da Geórgia que é uma das bases da acusação, segundo o New York Times.