Fernando Távora, uma história para o futuro

Hoje, a posição social da arquitectura está ainda mais menorizada e os dilemas com que se confronta são outros, mas Fernando Távora demonstrou que o futuro se imagina através da História.

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Fernando Távora com Álvaro Siza, em 1970 Cortesia da Fundação Marques da Silva/Arquivo Fernando Távora
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Fernando Távora tinha profunda convicção da importância da História para conceber o futuro. As suas melhores obras são aquelas onde as várias camadas do tempo se confundem. Era capaz de redescobrir uma ordem funcional, quase mecânica, nas pedras do barroco, ou de tornar confortável e acolhedora uma casa que antes tinha sido miserável e húmida. A arquitectura tem essa capacidade transformadora – transformar uma coisa no que ela poderia (ou não) vir a ser – e Fernando Távora munia-se da História – e das histórias que contava tão bem – como instrumento para levar a cabo a mudança. A arquitectura era uma expressão de esperança.

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