Bairro das Pedreiras, em Beja. O que se observa no dia-a-dia da comunidade cigana é em tudo idêntico ao que se observa nos campos de refugiados na Grécia, Itália e França: um amontoado de 80 barracas e de 50 casas insalubres e exíguas, lixo acumulado, ervas e matos secos (o habitat ideal onde se multiplicam cobras e ratos), tudo isto acrescido de um calor tórrido, sufocante (38º no último domingo), a falta de água — quando o principal uso previsto na lei é o consumo humano —, que se traduz num prolongado caos social. Cerca de um milhar de pessoas, entre as quais mais de 200 crianças, estão forçadas a viver num “gueto” em condições infra-humanas desde 2005. São refugiados no país onde nasceram perante o alheamento dos autarcas do Baixo Alentejo e de sucessivos governos.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.