Palácio de Belém abre portas ao cinema, música e livros (e a quem quer ver Marcelo)

A sexta edição da Festa do Livro, entre 31 de Agosto e 3 de Setembro, acolhe 66 editoras, promove debates e concertos.

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Marcelo Rebelo de Sousa promove a Festa do Livro desde 2016 LUSA/Tiago Petinga
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O que têm em comum Sérgio Godinho, Ana Moura e Carlão? Os três músicos têm concertos marcados na Festa do Livro no Palácio de Belém e foram uma escolha do próprio Presidente da República. A pretexto dos livros, os jardins do Palácio voltam a ser o cenário para debates e cinema ao ar livre, a partir de quinta-feira, dia 31, e até domingo, dia 3 de Setembro.

“São quatro dias em que o palácio está aberto. É uma festa absolutamente transversal, dos 7 aos 77 anos”, diz ao PÚBLICO Helena Nogueira Pinto, consultora para os Assuntos Culturais da Presidência da República. É uma iniciativa do próprio Presidente, que vai aparecendo no espaço (quase sempre de surpresa), ao longo dos dias, em momentos diferentes. Sobre as escolhas dos músicos convidados, Helena Nogueira Pinto remete para o critério de Marcelo Rebelo de Sousa: “Partem sempre do Presidente.”

Com entrada livre, a sexta edição da Festa do Livro em Belém arranca com a exibição ao ar livre do documentário Autografia sobre Mário Cesariny, de Miguel Gonçalves Mendes, um trabalho que foi premiado no DocLisboa de 2004.

Não é só do poeta e artista plástico Mário Cesariny que este ano se celebra o centenário do nascimento, mas também o de de Eugénio de Andrade e de Natália Correia, o que é o mote para um debate, no sábado à noite, intitulado “Três vezes cem”, com a participação de Adolfo Luxúria Canibal, vocalista dos Mão Morta, Joana Matos Frias, professora de Literatura Comparada, e de João Luís Barreto Guimarães, distinguido com o prémio Pessoa em 2022.

No domingo, antes do encerramento com um concerto de Carlão (ex-vocalista dos Da Weasel), o debate volta a tomar conta do jardim da Cascata com o tema “No meio está a virtude (moderação e radicalismo)”, tendo como convidados António Barreto, sociólogo e colunista do PÚBLICO, e Helena Matos, comentadora do Observador. Ambos os debates têm a moderação de Pedro Mexia, consultor para os Assuntos Culturais da Presidência da República.

Os concertos de Sérgio Godinho na sexta-feira e de Ana Moura no sábado completam a programação cultural desta edição da Festa do Livro, que é organizada em parceria com a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL).

A iniciativa, que acontece todos os anos desde que o Presidente tomou posse no primeiro mandato (à excepção de 2020 e de 2021 por causa da pandemia de covid-19), mantém a marca diferenciadora da Feira do Livro: é dedicada apenas a autores portugueses.

Ao longo do dia, as editoras (estão 66 representadas em 122 bancas) promovem sessões de autógrafos e outras iniciativas.

Mesmo ao lado do Palácio de Belém, no antigo museu nacional dos coches, decorrerá em paralelo, durante dois dias, a primeira edição da conferência internacional Book 2.0 sobre o futuro dos livros. Marcelo Rebelo de Sousa encerra, na quinta-feira à tarde, o primeiro dia desta conferência, que é promovida pela APEL.

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