Mediterrâneo, o maior muro que a Europa ergueu

Em missões de resgate de migrantes no Mediterrâneo, os portugueses Miguel, Lokas e Catarina perceberam o mesmo: às portas da Europa, a crise é política, muito mais do que humanitária.

Foto
Desde Janeiro deste ano já morreram 865 pessoas na travessia do Mediterrâneo, outras 1313 desapareceram BORJA SUAREZ
Ouça este artigo
00:00
18:38

Nadine deu à luz num barco de madeira, em alto mar, nos últimos dias de Dezembro. Com ela, no dia do parto, não estava a família, mas outros 106 migrantes que fugiam da Líbia em direcção à Europa. Mãe e filho foram resgatados já prestes a chegar à ilha italiana de Lampedusa, às portas da Europa, quando o barco estava “a um palmo de se virar” e naufragar. “Ao retirar as pessoas, percebemos que um dos bebés vinha ainda com o cordão umbilical”, atado com um pedaço de tecido da roupa de alguém, lembra Miguel Duarte, de 30 anos, um dos membros da tripulação da Sea Watch que participou nesse resgate.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção