Inglaterra e Espanha lutam por um título inédito

A Suécia ficou na terceira posição e, pela primeira vez, os três primeiros lugares do Mundial feminino de futebol estarão entregues a selecções europeias.

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A Espanha surge com ligeiro favoritismo para a final do Mundial 2023 EPA/BRETT PHIBBS
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O pontapé de saída está marcado para as 11h00 (RTP1), no Stadium Australia, em Sydney, e, seja no tempo regulamentar, após prolongamento ou depois do desempate por grandes penalidades, no final haverá 23 jogadoras a festejarem um título inédito para o seu país. Um mês depois de Nova Zelândia e Noruega se terem defrontado no jogo inaugural do 9.º Campeonato do Mundo feminino de futebol, Inglaterra e Espanha vão tentar vencer pela primeira vez a competição, num confronto em que o (ligeiro) favoritismo recai sobre as espanholas. Já decidido está o último lugar do pódio: a Suécia derrotou a Austrália e assegurou o terceiro lugar.

Interrompendo a hegemonia norte-americana na competição — quatro títulos em oito Mundiais e vitórias nas duas últimas edições —, o Mundial 2023 já garantiu algo de inédito: pela primeira vez, os três primeiros lugares estarão entregues a selecções europeias.

Desta vez, depois dos Estados Unidos (1991, 1999, 2015 e 2019), Noruega (1995), Alemanha (2003 e 2007) e Japão (2011), será a Inglaterra ou a Espanha a conquistar o título mundial e, embora as inglesas sejam as actuais campeãs europeias — prova n qual, há um ano, afastaram a Espanha — e contem com um saldo favorável no confronto directo (nos últimos 11 jogos há seis triunfos para as inglesas e dois para as espanholas), a selecção comandada por Jorge Vilda parte com ligeiro favoritismo.

Mesmo com muitos problemas fora do campo, na antevisão do encontro o técnico madrileno mostrou-se confiante na vitória, sendo que uma conquista de “la roja” ganharia ainda mais significado face a toda a turbulência que o futebol espanhol tem vivido nos últimos meses: há menos de um ano, 15 jogadoras apresentarem a sua renúncia da selecção enquanto Vilda estivesse no cargo, alegando que o diferendo com o técnico afectava a “saúde e o estado emocional” das atletas.

Antes da final do Mundial, Vilda, que foi qualificado como um “treinador de terceira” pelas jogadoras que fizeram o boicote, garantiu que esse incidente ajudou a fortalecer o grupo espanhol: “Senti-me apoiado pelo staff e com ele seguimos em frente. Deixou todos mais fortes.”

Confirmado está já o terceiro lugar para a Suécia, selecção que foi afastada pela espanhola na meia-final. Ontem, em Brisbane, as nórdicas tinham contra si o factor casa da Austrália, mas, num encontro com números repartidos, não se deixaram intimidar.

Fridolina Rolfö, jogadora do Barcelona, colocou as suecas a vencer à passagem da meia hora e, no minuto 62, a média do AC Milan Kosovare Asllani fixou o resultado final, em 2-0. Com a vitória, a Suécia garante pela quarta vez o terceiro lugar – foi finalista vencida, em 2003.

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