Bordalo II mancha de vermelho a sinalética do Campo Pequeno com referência a touradas

Artista plástico português pôs tinta vermelha nos símbolos da tourada que foram repostos em alguma sinalética referente ao Campo Pequeno. Em 2021, já se tinha manifestado contra as touradas.

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O artista plástico utilizou tinta vermelha na sinalética sobre o Campo Pequeno para se manifestar contra as touradas Bordalo II (artista)
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É mais uma intervenção clandestina de Bordalo II, desta vez em protesto contra as touradas. Depois de ter instalado um tapete ilustrado com notas de 500 euros no altar-palco que recebeu um dos eventos da Jornada Mundial da Juventude, o artista português regressou às ruas de Lisboa e manchou com tinta vermelha os sinais de trânsito que representam o Campo Pequeno como uma praça de touros.

As fotografias e um vídeo da intervenção foram publicadas na conta oficial de Bordalo II com a mensagem: “Anti Tourada. Que o Campo Pequeno sirva apenas para espectáculos não barbaró-labregos”, escreveu, acrescentado uma hashtag que apelava à cultura sem violência animal. O apelo surge numa altura em que os símbolos com referência às touradas voltaram à sinalética rodoviária em Lisboa, quatro anos depois de terem sido retirados a pedido do PAN.

Até às 9h desta sexta-feira, a publicação de Bordalo II reunia quase 32 mil gostos e centenas de comentários — alguns dele de apreço pelo protesto artístico, outros em tom de crítica pelos danos causados na sinalética rodoviária e pela falta de respeito pela cultura portuguesa, como comentou uma das internautas que reagiu à publicação no Instagram. Diogo Faro, humorista também conhecido como Sensivelmente Idiota, escreveu: [Carlos] Moedas não tem descanso.

O Campo Pequeno já tinha sido o foco dos protestos de Bordalo II contra as touradas. A 26 de Agosto de 2021, o artista plástico partilhou uma imagem da palavra Não escrita com tinta vermelha na calçada em frente a uma das entradas do Campo Pequeno. A letra A não tinha til, mas estava ornamentada com dois cornos, numa referência aos touros. Apelando à participação numa manifestação ao fim da tarde daquele dia, defendeu que a tinta é fácil de apagar, mas a ideia fica entranhada nas pedras da calçada”.

É a evolução dos tempos, habituem-se, prosseguiu. Ser antitourada é obviamente um sinal de progresso. Estamos em 2021 e não vejo nenhuma justificação para haver taradinhos que têm prazer em fazer mal, e outros que se excitam a ver alguém sofrer, até à morte. No dia desta publicação, realizar-se-ia no Campo Pequeno uma homenagem ao cavaleiro tauromáquico João Moura, que será julgado em Setembro por suspeita de maus tratos aos cães que estavam ao seu cuidado entre 2019 e 2020 em Monforte.

Acho uma ironia de mau gosto doentio ser no Dia do Cão que se faz uma ‘homenagem’ a um escroto que, como todos sabemos, é acusado e processado por maus tratos aos seus fiéis amigos. Que m**** de gajo, escreveu à época no Instagram. Afirmando que não conhecia a autoria daquela manifestação no Campo Pequeno, disse que a apoiava a 1000%: Apesar de ilegal (uuuu, que medo, que rebeldia, malandros, pá), é mais cultura que essa actividade primitiva nojenta que tem os dias contados.

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