Mãe e quatro filhos vivem numa casa ocupada onde contam os dias para ir para a rua
Responsável pela família do Porto, que antes morava numa loja, recorreu a casa do IHRU, onde tinha habitado uma pessoa do qual era cuidadora informal. E, imediatamente, tentou regularizar situação.
Há cinco anos, Vânia Tavares teve de escolher entre duas opções: morar numa loja insalubre com os filhos ou mudar-se para uma casa vazia a precisar de obras e de uma limpeza. Na altura, aos 28 anos, tinha três filhos menores – hoje tem quatro. E essa circunstância pesou na sua decisão. O espaço comercial que arrendava por 300 euros tinha problemas de saneamento e já se tornara habitual ter de conviver com inundações de “água e fezes”. Manteve-se no espaço só porque, desempregada, não tinha poder financeiro para conseguir fazer uma oferta para arrendar um apartamento no Porto com valor adequado às suas possibilidades. Mas, na sua posse, tinha a chave de uma casa no Bairro Novo de Paranhos que tinha ficado vaga há algum tempo – a mãe solteira era uma das cuidadoras informais da pessoa que habitou a fracção até morrer.
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