Juro do crédito à habitação atinge novo máximo desde Abril de 2009
A taxa de juro implícita dos contratos de crédito à habitação voltou a subir em Julho para o valor mais elevado desde Abril de 2009 e 22,9 pontos acima da de Junho.
A taxa de juro implícita dos contratos de crédito à habitação voltou a subir em Julho, para 3,878%, o valor mais elevado desde Abril de 2009 e 22,9 pontos base acima da de Junho, divulgou hoje o INE.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu 4,1 pontos base, de 4,132% em Junho para 4,173% em Julho, atingindo o valor mais elevado desde Abril de 2012.
Para o destino de financiamento aquisição de habitação, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 3,858% (+22,7 pontos base face a Junho). Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu 3,8 pontos base face ao mês anterior, fixando-se em 4,161%.
Considerando a totalidade dos contratos, em Junho, o valor médio da prestação mensal fixou-se em 370 euros, mais nove euros do que em Maio e mais 106 euros do que em Julho de 2022 (aumento de 40,2%).
Deste valor, 204 euros (55%) correspondem a pagamento de juros e 166 euros (45%) a capital amortizado – em Julho de 2022, a componente de juros representava apenas 17% do valor médio da prestação (264 euros).
Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação desceu cinco euros em Julho face ao mês anterior, para 604 euros, o que representa um aumento de 42,1% face ao mesmo mês do ano anterior.
Em Julho, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 259 euros face ao mês anterior, fixando-se em 63.555 euros.
Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio em dívida foi 123.098 euros, mais 528 euros do que em Junho.