Man. City desfalcado para a Supertaça com Sevilha que quer desafiar maldição
Campeão europeu não conta com Rúben Dias, Bernardo Silva e Kevin de Bruyne. “Reis” da Liga Europa à procura de segundo título após cinco finais perdidas.
Manchester City e Sevilha encontram-se esta noite (20h, TVI) no Pireu, na Grécia, para decidir quem sucederá ao Real Madrid como vencedor da edição de 2023 da Supertaça Europeia de futebol, jogo que marca a estreia absoluta dos tricampeões ingleses numa competição que conta com a presença do Sevilha pela sétima vez.
Para os campeões europeus, que há menos de duas semanas perderam a Supertaça de Inglaterra frente ao Arsenal, há boas e más “notícias”, com destaque para as baixas dos portugueses Rúben Dias e Bernardo Silva, a que se junta o belga Kevin de Bruyne, todos por razões físicas. João Cancelo (em negociações com o Barcelona) também não integra, por opção, a convocatória de Pep Guardiola.
O treinador catalão confirmou, em conferência de imprensa, a baixa de De Bruyne, que deverá enfrentar cirurgia ao tendão da face anterior da coxa, podendo sofrer paragem prolongada (até quatro meses).
Atento ao início de época dos “citizens”, o basco José Luis Mendilibar procurará “vingar” as pesadas derrotas sofridas pelo emblema andaluz – ainda sob o comando dos antecessores Julen Lopetegui e Jorge Sampaoli - na fase de grupos da última edição da Liga dos Campeões.
Um mal que veio por bem, com a queda para a Liga Europa a projectar o Sevilha para mais uma conquista recorde, a sétima na competição, carimbada na final de Budapeste, frente à AS Roma de José Mourinho.
Mas agora a história é totalmente diferente. Os espanhóis (surpreendidos em casa pelo Valência, na jornada inaugural da La Liga) terão, nas imediações de Atenas, uma missão ingrata depois de terem perdido cinco das seis finais de Supertaça europeia disputadas desde 2006, única edição em que o Sevilha se impôs a um campeão europeu, na ocasião o Barcelona.
AC Milan, Real Madrid (duas vezes), Barcelona e Bayern Munique foram os senhores Champions que se seguiram e impediram os “blanquirrojos” de serem felizes numa prova em que os vencedores da segunda prova da UEFA denotam uma tendência para cederem ante os “reis” da Europa.
Investido desse estatuto, o Manchester City, apesar das baixas de peso, está disposto a assegurar a primeira Supertaça europeia da história do clube. Um momento que oferece ao reforço croata Josko Gvardiol a possibilidade de estrear-se como titular no eixo da defesa, depois de ter jogado os últimos minutos no triunfo de Burnley. Pep Guardiola deixou claro que o central está mais do que apto a assumir o papel de Rúben Dias.
Ainda no sector defensivo, o lateral de 18 anos Rico Lewis é outro trunfo. Uma espécie de jogada psicológica, já que foi frente ao Sevilha, ainda com 17 anos, que fez a estreia europeia com um golo frente ao Sevilha... Ficando agora o reencontro marcado pelo anúncio da renovação até 2028.
Com três Supertaças Europeias no currículo de treinador (2009 e 2011 pelo Barcelona e 2013 pelo Bayern Munique), Pep Guardiola quer reforçar a conquista da Champions e, dessa forma, contribuir para o prolongar da maldição do Sevilha, algo que parece não afectar um Mendilibar "feliz por estar aqui, por ter vencido quando o clube estava a passar por um momento difícil e por termos feito algo de positivo".