Bombeiros controlaram rapidamente reacendimento em Odemira e chamas em Cascais

Fogo voltou ao concelho de Odemira, mas foi prontamente dominado. Durante a noite de sábado para domingo, as chamas regressaram também à serra de Sintra.

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Ainda estiveram a combater as chamas este domingo três meios aéreos MIGUEL A. LOPES/EPA

Um reacendimento do incêndio em Odemira foi controlado em poucas horas na tarde deste domingo. No terreno, ainda estiveram 147 operacionais, 48 meios terrestres e três aeronaves a combater as chamas. Também este domingo, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, esteve naquele concelho alentejano, e anunciou que, até 12 de Setembro, serão feitos os diferentes levantamentos dos prejuízos daquele incêndio, que destruiu habitações e várias unidades turísticas.

O alerta tinha sido dado às 14h49 de domingo: o incêndio, dado como dominado na quarta-feira e ainda em vigilância, tinha-se reacendido. Ainda foram mobilizados mais de 100 operacionais para o local, mas em menos de três horas, por volta das 17h30, o incêndio já estava em fase de resolução, de acordo com o site da Protecção Civil.

Os meios continuaram no terreno para fazer o arrefecimento das zonas quentes, informou à agência Lusa o Comando Sub-Regional de Emergência e Protecção Civil do Alentejo Litoral. Também em declarações à Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Odemira, Hélder Guerreiro, indicava que o reacendimento tinha acontecido entre Delfeira e Relva Grande, na freguesia de São Teotónio.

O grande incêndio de Odemira deflagrou na tarde do dia 5 de Agosto, numa área de mato e pinhal na zona de Baiona, também na freguesia de São Teotónio. Acabou por entrar nos concelhos de Monchique e Aljezur, já no Algarve.

Estragos ainda por contabilizar

O total dos prejuízos causados por este incêndio ainda está por determinar. Nesse sentido, a ministra da Coesão Territorial reuniu-se este domingo com dirigentes de associações e autarcas no concelho de Odemira e visitou as zonas afectadas pelo incêndio. Após a reunião no Centro Sociocultural de São Miguel, referiu aos jornalistas que o levantamento dos prejuízos causados pelo incêndio vai ser feito até 12 de Setembro.

“Até ao final deste mês, poderemos ter um conjunto do que serão os apoios, mas, de qualquer modo, agendámos uma reunião para dia 12 de Setembro, porque colocámos essa como a data-limite para os diferentes levantamentos”, afirmou aos jornalistas, em São Miguel, na freguesia de São Teotónio. “[Até essa data] vão-se fazendo os levantamentos e pensando nas medidas.” Ana Abrunhosa disse esperar que, nessa altura, já haja “dados definitivos dos prejuízos e, provavelmente, até já uma ideia dos apoios concretos”. “Se não conhecermos os problemas, como é que vamos criar as medidas?”, questionou, citada pela agência Lusa.

A ministra da Coesão Territorial referiu que ainda não tem o número exacto de habitações permanentes e unidades turísticas destruídas pelo incêndio, “nem sequer a certeza absoluta dos hectares que arderam”. O último levantamento divulgado pela Protecção Civil, na quarta-feira, mostrava que foram queimados 8400 hectares no incêndio.

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A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, visitou as zonas afetadas pelos incêndios no município de Odemira, e reuniu-se com dirigentes de associações e autarcas TIAGO CANHOTO /LUSA?

Quanto às medidas já disponíveis, Ana Abrunhosa indicou que, para as habitações permanentes, há uma medida que está sempre aberta, que é o Porta de Entrada, através do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana. “As autarquias vão ajudar as famílias a fazer as candidaturas”, notou. Na semana passada, o Governo também já tinha anunciado que disponibilizará um apoio financeiro aos agricultores que ficaram sem alimentação para os animais devido ao incêndio.

Fogo nocturno na serra de Sintra

Durante a madrugada deste domingo, foi também dominado um incêndio que tinha deflagrado já depois das 23h30 na zona de Alcabideche, concelho de Cascais, e consumido uma área florestal na serra de Sintra. “A partir das 4h38, o incêndio foi dado como dominado”, explicou o segundo comandante regional da Protecção Civil para a Grande Lisboa, Joaquim Santos, em declarações à Rádio Observador.

O incêndio levou ao corte de estradas e à evacuação de um canil, mas não chegou a ameaçar habitações. Por volta das 1h30, o combate às chamas chegou a mobilizar mais de 240 bombeiros e 71 viaturas, de acordo com a Protecção Civil.

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