Quase 4000 agentes da PSP e militares da GNR vão ser promovidos

Ano tem sido marcado por protestos das forças de segurança. Na PSP, vão subir de categoria 1548 agentes. Na GNR, subirão na hierarquia 2352 militares.

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Na PSP, vão subir de categoria 1548 agentes LUSA/ESTELA SILVA
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O Governo autorizou a promoção de 3900 agentes da PSP e militares da GNR, dada a “necessidade da efectivação de promoções” dos seus profissionais, referem os despachos publicados nesta sexta-feira em Diário da República.

No caso da PSP, vão subir de categoria 1548 agentes, sendo que quase metade (726) passará de agente a agente principal, deixando assim o patamar mais baixo da carreira. De acordo com a fundamentação apresentada pela PSP, é “imprescindível garantir o bom funcionamento da instituição através, nomeadamente, da promoção do seu pessoal com funções policiais às categorias hierárquicas imediatas”, com efeitos na sua remuneração.

Semelhante argumentação tem a GNR, que vê o Governo autorizar 2352 promoções de militares, relativas a vagas do ano de 2022. A maioria das promoções acontece também nos lugares mais abaixo na hierarquia: há 431 militares que passarão a guarda principal, 595 de guarda principal a cabo e 916 de cabo a cabo-chefe. Há ainda 18 promoções de tenente-coronel a coronel.

Estas promoções acontecem numa altura em que as forças de segurança, nomeadamente os elementos da PSP, GNR, ASAE, Polícia Marítima e Guarda Prisional, têm feito vários protestos.

Nas últimas semanas, a propósito da Jornada Mundial da Juventude, que mobilizou milhares de profissionais das forças de segurança, alguns elementos estiveram presentes, como forma de protesto, em aeroportos, em algumas estações de comboio e fronteiras a distribuir panfletos e a interpelar a população para contar a sua situação.

Estes profissionais queixam-se, sobretudo, dos vencimentos baixos, de problemas nos subsistemas de saúde, da falta de efectivos e de condições de trabalho.

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