Merrick Garland nomeia procurador especial para caso do filho de Joe Biden
David Weiss, procurador no estado do Delaware responsável pela investigação a Hunter Biden por fraude fiscal e posse ilegal de arma, fica com poderes reforçados.
O procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, anunciou esta sexta-feira a nomeação de um procurador especial para o caso de Hunter Biden, filho do Presidente norte-americano, Joe Biden, para aprofundar a investigação antes das eleições presidenciais de 2024.
Garland disse que nomeia para essa função David Weiss, o procurador dos Estados Unidos no estado de Delaware que tem estado a investigar desde 2019 as transacções financeiras e comerciais do filho do Presidente.
Na terça-feira, Garland indicou que Weiss lhe tinha dito que “na sua opinião, a sua investigação tinha alcançado um ponto em que deveria continuar o trabalho como procurador especial e pediu para ser nomeado como tal”.
Em Junho, Weiss apresentou queixas-crime contra Hunter Biden, relacionadas com impostos e posse ilegal de armas, mas um juiz federal rejeitou uma proposta de acordo. Weiss disse esta sexta-feira que os dois lados chegaram a um impasse, pelo que o julgamento é provável.
Não ficou claro se a nomeação é uma resposta à pressão política dos republicanos ou se é um sinal de uma investigação mais ampla aos negócios de Hunter Biden que poderá levar a outras acusações criminais.
Weiss produzirá um relatório quando o seu trabalho estiver concluído, disse Garland, e o Departamento de Justiça torná-lo-á público tanto quanto possível.
“A nomeação do senhor Weiss reforça o compromisso do departamento com a independência e a responsabilidade em assuntos particularmente sensíveis”, disse Garland numa comunicação aos jornalistas em que não respondeu a perguntas.
O Partido Republicano acusa Joe Biden de ter lucrado com os negócios do filho na Ucrânia e na China, embora ainda não tenha apresentado quaisquer provas de irregularidades. O presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, disse em Julho que o Congresso poderia lançar um processo de destituição do Presidente norte-americano no Outono.
A Casa Branca rejeitou as alegações como “teorias da conspiração insanas” e afirmou que Biden não participou nos negócios do filho. Uma investigação conduzida por Weiss não revelou qualquer prova de que Hunter tenha usado o poder político do pai para benefício pessoal.
Hunter Biden, de 53 anos, trabalhou como lobista, advogado, consultor e banqueiro de investimentos e confessou ter lutado contra o alcoolismo e o consumo de drogas.