Há dois candidatos a construir a Linha Rubi do Metro do Porto

Empresa de capitais públicos não divulga, para já, montante das propostas dos consórcios. Objectivo é começar a obra ainda em 2023.

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Nova ponte sobre o rio Douro vai chamar-se Dona Antónia Ferreirinha. direitos reservados
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As obras de construção da Linha Rubi do Metro do Porto devem arrancar até ao final do ano e há dois consórcios na corrida para o fazer. A nova linha vai ligar Santo Ovídio, em Gaia, à Casa da Música, no Porto, obrigando à construção de uma nova ponte sobre o rio Douro.

A informação é avançada numa nota publicada no site da Metro do Porto, um dia depois de fechar o prazo para a entrega de candidaturas. Não são avançados os valores das propostas do concurso que foi aberto em Maio deste ano, nem é apontado um horizonte temporal para que o júri tome uma decisão.

Um dos consórcios é composto por empresas que já tinham entrado no concurso para prolongar a Linha Vermelha do Metro de Lisboa: os portugueses da Alberto Couto Alves SA (que já está no terreno, a construir a Linha Rosa e a trabalhar na extensão da Linha Amarela), os espanhóis da FCC Construcción SA e da Contratas Y Ventas, SAU.

Cinco empresas portuguesas (Casais Engenharia e Construção SA, Conduril – Engenharia SA, Teixeira Duarte – Engenharia e Construções SA, Alves Ribeiro SA e Somafel – Engenharia e Obras Ferroviárias SA) constituem o outro consórcio.

“A construção da ligação Casa da Música-Santo Ovídio e do atravessamento do rio pela segunda linha de Gaia representa um investimento global de 435 milhões de euros e será executada em pouco mais de três anos”, refere a Metro do Porto, em comunicado.

O júri do concurso vai “iniciar o trabalho de análise destas duas propostas” para depois “apresentar ao conselho de administração da Metro do Porto, SA, o respectivo relatório de avaliação e uma proposta de adjudicação da obra”, lê-se também na nota.

A intenção da empresa é “arrancar com os trabalhos ainda em 2023”. Como é um investimento financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência, os trabalhos têm de estar concluídos até 2026.

Inicialmente, tinha sido estabelecido o dia 17 de Julho como data-limite para entrega de propostas para a construção da Linha Rubi, a segunda a servir o concelho de Vila Nova de Gaia. O prazo acabou por ser dilatado para 10 de Agosto devido ao elevado número de pedidos de esclarecimento de interessados, explicou a Metro do Porto, no início de Julho, à agência Lusa.

Nos últimos dias, levantou-se a possibilidade de as duas linhas mais recentes da rede de metropolitano do Porto – a Rosa, com obras de instalação a decorrer, e a Rubi – receberem veículos não-tripulados. A notícia foi avançada pelo Negócios e confirmada pelo PÚBLICO junto da Metro do Porto, que explica que, para que tal aconteça, será preciso material circulante próprio e adaptar a sinalização de cada linha.

Fonte oficial da empresa de capitais públicos adianta que o concurso público para aquisição de material circulante que sirva a Linha Rubi vai ser lançado “em breve”. O caderno de encargos ainda não está fechado, mas a Metro do Porto deve adquirir 22 veículos, com a opção de compra de mais dez até 2025.

O júri do concurso irá iniciar o trabalho de análise destas duas propostas, para poder “apresentar ao conselho de administração da Metro do Porto, SA, o respectivo relatório de avaliação e uma proposta de adjudicação da obra”. É intenção da empresa poder arrancar com os trabalhos ainda em 2023, de modo a que a nova Linha Rubi entre em funcionamento em 2026.

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