“Estados Unidos da Amnésia”: a memória de Moises Saman sobre a invasão do Iraque

O Ípsilon conversou com o fotojornalista da Magnum Photos Moises Saman, autor do livro Glad Tidings of Benevolence, que reúne 20 anos de imagens produzidas no Iraque durante e após a guerra.

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2018, Novo México, EUA. Soldados norte-americanos jazem no Cemitério Nacional de Santa Fe Moises Saman
Amman, Jordan. 6 September, 2021.

A TV in the home of a refugee family from Sudan living in Amman.
Jordan has a long history of hosting refugees of various backgrounds with an estimated 90,000 individuals of nationalities other than Syrian seeking refuge there. As of June 2020, 66,845 Iraqis, 14,727 Yemenis, 6,080 Sudanese, 746 Somalis, and 1,609 persons of other nationalities were present in the Kingdom. While these communities comprise an integral portion of Jordan’s refugee population, they have faced severe obstacles in
receiving services and assistance and in accessing legal pathways and registration on the basis of status and their nationality, which has had dire consequences that must be urgently addressed, particularly in light of the increased challenges related to COVID-19.
Non-Syrian refugees in Jordan face significant challenges in meeting their basic needs. 67 percent of non-Syrian refugees surveyed by WFP were food-insecure, with Somalis and Sudanese being particularly vulnerable as 23 to 24 percent experience food insecurity despite efforts made to fill the gap.2 Non-Syrian refugees face highly limited healthcare coverage despite their recent inclusion in the health multi-donor account and continue to face obstacles making appointments, dealing with external referrals, and accessing available medication. Most recent data shows 45 percent of those with
chronic health conditions are unable to access medicine and 38 percent are unable to access services due to the cost.3 Non-Syrian refugees also must pay
full education enrollment fees and possess proof of residency or a parent’s work permit to register, leading to barriers in accessing education.
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2021, Amã, Jordânia. Uma televisão na casa de um refugiado iraquiano a viver na Jordânia Moises Saman
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A 20 de Março de 2003, no topo do Hotel Palestina, em Bagdad, o fotojornalista Moises Saman assistiu à primeira descarga de artilharia das forças norte-americanas sobre o país então governado por Saddam Hussein. Tinha assim início a operação intitulada Liberdade Iraquiana, uma intervenção militar justificada pela “certeza” de que o país do Médio Oriente teria na sua posse armas de destruição maciça e que manteria ligações com o grupo Al-Qaeda – o mesmo que, em 2001, reclamou responsabilidade pelo ataque terrorista de 11 de Setembro, que vitimou, em solo americano, quase três mil pessoas. As certezas não passavam, afinal, de suspeitas, que se revelariam infundadas.

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