Alerta de Tufão muda de cidade encontro mundial de escuteiros onde há 762 portugueses
Os 762 escuteiros e escoteiros portugueses no encontro estão, diz o Corpo Nacional de Escutas, bem. O tufão que deve chegar à Coreia do Sul na quinta-feira já matou, pelo menos, uma pessoa no Japão.
O acampamento mundial dos escuteiros na Coreia do Sul, do qual milhares de participantes já saíram devido ao calor e a alegados problemas na organização, vai alterar o local de actividade para Seul devido a um alerta de tufão, anunciou a Federação Escutista de Portugal, esta segunda-feira.
Apesar de informações iniciais de que o evento seria terminado mais cedo, a mesma instituição confirmou que as actividades vão continuar depois de mobilizados os escuteiros e escoteiros para a capital do país.
O 25º Jamboree Mundial - nome do acampamento mundial em questão - conta com a presença de, entre muitos países, escuteiros portugueses. O Corpo Nacional de Escutas (CNE) esclareceu numa publicação nas redes sociais que os 762 escuteiros e escoteiros do contingente nacional no encontro estão bem e em segurança.
No comunicado da Federação Escotista de Portugal, partilhado pelo CNE, a federação explica que "está a trabalhar em estreita colaboração com a organização e o Governo da Coreia para garantir um ambiente seguro, saudável e divertido para todos no Jamboree". Agradece também o "contacto permanente com a Embaixada de Portugal em Seul" e o apoio prestado pela mesma.
O gabinete do Presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, afirmou que os participantes podiam ser realojados em Seul e arredores, de acordo com um comunicado.
O tufão Khanun, que matou pelo menos uma pessoa quando passou pelo arquipélago japonês de Okinawa na semana passada, deverá chegar à Coreia do Sul na quinta-feira, de acordo com os serviços meteorológicos.
Cerca de 43 mil pessoas de todo o mundo participam no encontro, em Saemangeum, na costa ocidental da Coreia do Sul. O evento, organizado de quatro em quatro anos, devia terminar a 12 de Agosto. Mas o acampamento transformou-se rapidamente num pesadelo: milhares de participantes, incluindo quatro mil britânicos e 1500 norte-americanos, abandonaram o encontro prematuramente no final da semana passada devido ao calor extremo e à má organização.
De acordo com as autoridades locais e os organizadores, cerca de 600 participantes sofreram uma insolação ou outras doenças relacionadas com as temperaturas tórridas.
A península coreana vive actualmente uma vaga de calor húmido, com temperaturas diárias entre os 35 e os 38 graus Celsius, o que levou a um alerta máximo de vaga de calor.
Nos últimos dias, os meios de comunicação social locais descreveram a situação como "uma vergonha" para o país, tendo em conta o tempo tido para preparar este gigantesco encontro de verão.
O Governo sul-coreano enviou médicos e enfermeiros militares, bem como autocarros com ar condicionado e camiões frigoríficos carregados de água gelada. Foi igualmente aprovada uma ajuda de emergência de 6,9 mil milhões de won (4,8 milhões de euros) para fazer face à situação.
Além dos problemas causados pelo calor, os meios de comunicação social locais referiram as más condições de acampamento, com instalações sanitárias "longe de serem ideais", incluindo chuveiros e casas de banho.
Para piorar a situação, as autoridades regionais informaram no sábado que pelo menos 70 participantes de uma missa tinham contraído covid-19.