Governo pondera declarar situação de alerta devido ao quadro meteorológico “complexo”

As previsões meteorológicas para os próximos dias apontam para dias muito quentes, com “temperaturas acima da média”. Esperava-se decisão da ANEPC e IPMA ainda no domingo.

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As temperaturas elevadas e os baixos níveis de humidade devem-se manter nos próximos dias Paulo Pimenta

O Governo está a ponderar declarar situação de alerta devido ao elevado perigo de incêndios rurais nos próximos dias, em que se prevê um quadro meteorológico “complexo”, disse no domingo a secretária de Estado da Protecção Civil.

“Da avaliação que temos vindo a fazer com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), adivinham-se dias, a partir de amanhã [segunda-feira], com um cenário meteorológico também complexo”, afirmou Patrícia Gaspar, em conferência de imprensa na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC), em Carnaxide, concelho de Oeiras, distrito de Lisboa.

A secretária de Estado da Protecção Civil referiu que estão a ser feitas as últimas avaliações entre a ANEPC e o IPMA para que se tome uma decisão, “ainda durante o dia de hoje [domingo]”, quanto à “possibilidade de emissão de uma declaração de situação de alerta em função da confirmação deste quadro meteorológico para os próximos dias”.

A governante explicou que a declaração de situação de alerta “é um instrumento excepcional que deve ser usado, obviamente, sempre que adequado e sempre que a situação assim o determine”.

As previsões meteorológicas para os próximos dias apontam para “temperaturas acima da média para esta altura do ano, dias muito quentes”, bem como “níveis de humidade relativa durante o dia muito baixos, inferior a 10% em grande parte do território nacional”, e o vento deverá manter-se no quadrante leste, sendo difícil de gerir no que toca aos incêndios rurais, indicou a secretária de Estado da Protecção Civil.

“A única região que, praticamente, sai imune deste quadro meteorológico é o Alto Minho, portanto vamos de facto enfrentar aqui dias difíceis”, declarou.